Como
principal organização protetora de igrejas, a Associação Cristã Nigeriana
expressou preocupação para o presidente Muhammadu Buhari sobre a contínua
violência dos pastores de cabras Fulani, que são extremistas muçulmanos.
Ao
longo de setembro e outubro, ataques repetidos contra comunidades cristãs
deixaram mais de 75 mortos, de acordo com uma ONG na região, a Fundação
Stefanos. Doze aldeias foram atacadas, 489 casas foram queimadas e 13.726
pessoas deslocadas, disse o responsável da Fundação. As vítimas identificaram
os fulanis como os agressores.
Na
sexta-feira de 10 de novembro, na primeira reunião desde sua eleição há dois
anos, o presidente da Associação Cristã Nigeriana perguntou a Buhari o por que
desses pastores não serem presos.
O
líder cristão Samson Ayokunle lembrou um recente assassinato em massa que
acabou com a relativa calma que havia sido estabelecida: "Recentemente,
fui a uma aldeia chamada Ancha, onde 21 cristãos foram mortos durante a noite
por pastores. Minha igreja naquela aldeia perdeu 20 membros (que estavam entre
os 21) e precisamos enterrá-los juntos. Foi uma visão horrível”.
“Depois
desse ataque, os fulani vieram para a mesma área e mataram outras 24 pessoas e
nenhum deles foi preso. Por que os pastores estão devastando as comunidades sem
serem presos? Por que eles não são processados? Por que a fonte de sua munição
não foi investigada? Por que eles vagam com armas sem serem presos?”, indaga o
líder cristão. “Deve se fazer algo rápido”, complementa.
Fonte: Portas Abertas
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