4. As graças do Espírito cooperam para o bem.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.” (Romanos 8.28).
A
graça é para a alma como a luz é para os olhos, como a saúde é para o corpo.
A
graça faz para a alma o que uma mulher virtuosa faz para seu marido: “Ela lhe faz bem e não mal, todos os
dias da sua vida” (Pv 31.12). Quão incomparavelmente proveitosas
são as graças! A fé e o temor andam de mãos dadas. A fé mantém o coração
alegre, o temor mantém o coração sério. A fé impede o coração de afundar em
desespero, o temor o impede de flutuar na presunção. Todas as graças exibem a
si mesmas em sua beleza: a esperança é o “capacete” (1º Ts 5.8); a mansidão, o
“ornamento” (1º Pe 3.4); o amor, “o vínculo da perfeição” (Cl 3.14). As graças
dos santos são armas para defendê-los, asas para elevá-los, jóias para
enriquecê-los, especiarias para perfumá-los, estrelas para adorná-los, tônicos
para revigorá-los. E tudo isso não coopera para o bem? As graças são nossas
evidências para o céu. E não é bom ter nossas evidências conosco na hora da
morte?
5. Os anjos cooperam para o bem dos santos.
Os
anjos bons estão prontos para fazerem todos os serviços de amor para o povo de
Deus. “Não são todos eles
espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a
salvação?” (Hb 1.14). Alguns dos pais tinham a opinião de que todo
crente tem o seu anjo da guarda. Esse assunto não necessita de qualquer debate
acalorado. Para nós, é suficiente saber que toda a hierarquia dos anjos é
devotada ao bem dos santos.
Os
anjos bons servem os santos em vida. O anjo confortou a virgem Maria (Lc 1.28).
Os anjos fecharam a boca dos leões, para que eles não machucassem Daniel (Dn
6.22). Um cristão tem uma guarda invisível de anjos ao seu redor. “Porque aos seus anjos dará ordens a
teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos” (Sl
91.11). Os anjos são a guarda dos santos, até mesmo o chefe dos anjos: “Não são todos eles espíritos
ministradores?”. O mais elevado dos anjos toma conta do menor dos
santos.
Os
anjos bons servem na hora da morte. Os anjos estão ao redor da cama dos santos
doentes para confortá-los. Assim como Deus conforta pelo Seu Espírito, também
conforta pelos Seus anjos. Cristo, em sua agonia, foi confortado por um anjo
(Lc 22.43); assim também ocorre com os crentes na agonia da morte: e quando o
fôlego dos santos expira, as suas almas são carregadas para o céu por uma
escolta de anjos (Lc 16.22).
Os
anjos bons também servem no dia do julgamento. Os anjos irão abrir as
sepulturas dos santos e irão conduzi los à presença de Cristo, quando eles
então serão feitos como o Seu corpo glorificado. “E Ele enviará os seus anjos, os quais reunirão seus
escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade do céu”
(Mt 24.31). Os anjos, no dia do julgamento, irão livrar os piedosos de todos os
seus inimigos. Aqui os santos são atormentados por seus inimigos. “São meus adversários, porque sigo o
que é bom” (Sl 38.20). Bem, os anjos em breve irão dar ao povo de
Deus uma ordem de alívio, e irá libertá-los de todos os seus inimigos. “O joio são os filhos do maligno, o
inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros
são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na
consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão
do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade. E
lançá-los-ão na fornalha de fogo” (Mt 13.38-42). No dia do
julgamento, os anjos de Deus irão tomar os ímpios, que são o joio, irão
juntá-los, e lançá-los na fornalha infernal; então, os piedosos não mais terão
problemas com os seus inimigos. Assim, os anjos bons cooperam para o bem.
Vejam, aqui, a honra e a dignidade de um crente. Ele tem o nome de Deus escrito
sobre ele (Ap 3.12), o Espírito Santo habitando nele (2º Tm 1.14), e a guarda
dos anjos atendendo a ele.
Tradução e Fonte:
Voltemos ao Evangelho
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