Por:
James MacDonald
Eu acho que a maioria das
pessoas não sabem o que é arrependimento.
Elas vivem a vida cristã e o
processo de santificação de acordo com 1 João 1.9: “Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça”. “Se confessarmos os nossos pecados…” – você sabe o que isso
significa? Eu ouvi um estudioso da Bíblia dizer uma vez que confessar significa
dizer o que Deus diz. O que Deus diz sobre pecado? Ele diz que é pecado. Então,
o que eu digo? “É pecado, Deus. Perdoa-me, Deus, eu pequei novamente.” 1 João
1.9 diz: “…fiel e justo para nos perdoar”. “Sinto muito, Deus. Perdoa-me,
Deus.” Que conceito medíocre de confissão!
Antes que você possa dizer o
que Deus diz sobre pecado, você precisa ver o que ele vê. Arrependimento é o
processo de ver o que Deus vê. Você nunca confessará de verdade enquanto não se
arrepender antes. Confissão é fácil se vier depois do processo extremamente
difícil de arrependimento. Se arrependimento fosse fácil, todos estariam se
arrependendo. A maioria dos cristãos está presa em um ciclo de pecado,
confissão, pecado, confissão, pecado, tomando posse da graça, citando 1 João
1.9 – mas sem qualquer mudança. Arrependimento é o processo de ver o pecado
como Deus o vê. Não é uma coisa fácil de se fazer.
Arrependimento é mudança em
todas as maneiras e em todos os níveis. Arrependimento não é mudar de cônjuge,
de emprego, de endereço ou de amigos. Arrependimento é mudar no lugar em que é
mais necessário. Arrependimento é mudar o interior da pessoa – a maneira como
penso, como vejo, como sinto. Arrependimento não leva à mudança; arrependimento
é mudança. Arrependimento é reconhecer o pecado pelo que é, seguido por uma
tristeza do coração e culminando em uma mudança de comportamento. Você não se
arrepende, e arrepende, e arrepende, e arrepende sobre as mesmas coisas, vez
após vez. Não é que não possamos ter recaídas, mas arrependimento é mudança.
Não penso mais sobre o pecado da mesma forma.
Arrependimento é minha
mente, minhas emoções, minha vontade; é a totalidade de quem eu sou. Pense
sobre a história do filho pródigo (Lc 15.11-32). Ele roubou a herança e acabou
indo morar com porcos. Então, de repente, a Bíblia diz que ele caiu em si. Teve
uma mudança de mente.
A Bíblia diz que
arrependimento é um ato realizado em Deus (Jo 3.21). Você não o consegue fazer
por si mesmo. Em Atos 5.31, diz: “Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a
Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão
dos pecados.” Deus oferece isso a você. E veja em Atos 11.18: “E ouvindo eles
estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos
gentios foi por Deus concedido o arrependimento para a vida”.
Em 2 Timóteo 2.25,
encontramos uma passagem clássica sobre o arrependimento ser uma obra de Deus.
Paulo diz que os servos de Deus devem disciplinar “com mansidão os que se
opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para
conhecerem a verdade…”.
Você não consegue ver a
verdade por si mesmo. Se você ou alguém que você ama é prisioneiro do pecado,
fica impossível para vocês enxergá-lo. Quando o filho pródigo estava naquele
chiqueiro e voltou à razão, foi porque Deus o havia tocado. De repente, ele
olhou em volta de si e pensou: “O que estou fazendo aqui?”.
Portanto, em primeiro lugar,
ele teve uma mudança de mente. Depois teve uma mudança de coração. Ele teve
este sentimento: “Não sou mais digno de ser chamado filho. Mereço ser escravo”.
Passou a pensar de modo diferente sobre si mesmo. Antes ele estava inchado, mas
depois voltou à razão e caiu em si.
Ele teve uma mudança de
mente e uma mudança de coração, mas ainda faltava uma outra parte do
arrependimento. Quando alguém realmente está se arrependendo, a vontade começa
a unir-se à mente e a formar um plano. “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e
lhe direi…” Quando a pessoa está verdadeiramente arrependida, não precisa
dizer-lhe o que fazer. Ela descobre por si mesma quando Deus faz a obra em seu
coração. Arrependimento é mente, é emoção, é vontade.
Fonte:
O Arauto da Sua Vinda
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