W. C. Moore
“Já
ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha…” (Is 64.7).
Deus
está incomodado hoje. Todo aquele que desejar entrar em sintonia com o programa
dele precisa se despertar e se incomodar também. Deus sabe que “o pecado, uma
vez consumado, gera a morte” (Tg 1.15). Ele abomina o pecado. Até mesmo o menor
pecado, quando permitido ou tolerado na vida de alguém, causa intensa repulsa
no coração puro do Senhor. Ele ama a justiça e odeia a iniquidade. Quando olha
para o mundo, vê que ninguém o invoca de maneira a demonstrar um coração
comovido a ponto de sentir desespero.
Não
é uma questão de simplesmente levantar as mãos em desaprovação e dizer para
Deus: “Bem, as coisas andam um pouco piores do que antigamente”. Não! Mil
vezes, não! O que é necessário é ter verdadeira contrição de coração,
enfrentando a realidade nua e crua de um povo que já recebeu muita luz do
Evangelho e deixou de andar nela. Precisamos de uma profunda agonia de coração
em favor dos pecadores que andam conosco, mas que não veem suficiente realidade
em nós – não sentem suficiente manifestação de Deus, do seu amor e do seu poder
em nossas vidas para sequer sentirem convicção de pecados.
Quem
dera tivéssemos um João Batista para clamar contra o pecado! O Senhor procura
“um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor
desta terra, para que eu não a destruísse” (Ez 22.30). Fineias teve zelo pelo
seu Deus (Nm 25.13). Ele “executou o juízo… e isso lhe foi imputado por
justiça, de geração em geração, para sempre” (Sl 106.30,31).
Não
há ninguém – nenhum sequer, que se comova ou que se incomode. Ah, como o
coração de Deus clama por alguém que realmente leve a sério a situação à luz
das verdades eternas! O pecado se multiplica por todos os lados. Mornidão,
materialismo, superficialidade e hipocrisia estão em todos os lugares. E quem
se importa com isso, quem sente alguma dor ou agitação interior? As formas
religiosas, as formalidades, as cerimônias vazias causam tanto desgosto ao
Santo Cordeiro de Deus que logo ele nos haverá de vomitar de sua boca (Ap
3.16).
O
próprio fato de a Palavra de Deus afirmar “Ninguém há… que se desperte”
demonstra claramente que é possível o homem se despertar. Do contrário, Deus
nunca teria se entristecido quando isso não aconteceu, quando não achou um
sequer que tivesse tal resposta.
Continua...
Fonte: O Arauto da Sua Vinda
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