Por: André Sanchez
Série Virtudes (Artigo 9)
“Alegrai-vos
com os que se alegram e chorai com os que choram.” (Rm 12:15).
Um amigo compartilhou comigo um
acontecimento:
Ele e alguns amigos estavam
numa calçada, jogando conversa fora e rindo a valer. Uma das vizinhas, vendo a
alegria grandiosa que eles demonstravam, disse à outra vizinha, “para todo
mundo ouvir”: – Para que esta alegria toda? Onde eles vêem tanta graça nas
coisas?
Ela parecia estar incomodada
com a alegria deles. Meu amigo, que é bastante espontâneo, também disse “pra
todo mundo ouvir”: – Se eu estivesse aqui gemendo com uma dor nos rins aposto
que ninguém estaria falando nada!
Muitas vezes agimos como esta
mulher. Invejamos a alegria dos outros e nos incomodamos com a presença dela.
Também existem àqueles que detestam estar próximos dos que choram e dos que
estão sofrendo. Gostam mais dos alegres e das festas. É o caso do grupo que
estava com meu amigo se divertindo. Será que se ele realmente estivesse com
cólicas renais, todos aqueles amigos estariam ali da mesma forma que no momento
de alegria?
Cultivar a virtude de compartilhar com as pessoas tanto a
alegria delas, quanto às suas tristezas, se baseia especialmente num princípio
estabelecido por Jesus: “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles
façam a vocês.” (Lc 6. 31 – NTLH)
É a aplicação prática do
mandamento maior: “Amarás ao próximo como a ti mesmo”. Como seria diferente se
fizéssemos às pessoas aquilo que gostaríamos que se fizesse a nós!
Mas normalmente não é assim!
Somos muitas vezes hipócritas! Quando estamos doentes desejamos ardentemente
cuidados amorosos. Quando estamos tristes ficamos à procura de alguém que nos
anime. Quando passamos por tribulações, buscamos ardentemente quem nos salve.
Quando estamos perdidos, buscamos com atenção os bons conselhos. Quando
ganhamos uma promoção no trabalho, queremos alguém que se alegre conosco, que nos
elogie, que nos parabenize. Quando estamos felizes queremos festejar com alguém
que nos ame de verdade e que não está ali somente pelos benefícios da festa.
Apesar de querermos estas
coisas para nós, muitas vezes não queremos dá-las ao nosso próximo.
Precisamos buscar com mais
empenho a virtude de apoiar as pessoas em qualquer momento que estejam vivendo,
e não ficarmos nos esquivando ou nos escondendo quando vemos alguém chorando.
Devemos também, sem inveja, compartilhar das alegrias de nossos semelhantes.
Essas atitudes são saudáveis e abençoam a nossa vida, além de serem atitudes
abençoadoras para o nosso próximo também.
Fonte: Esboçando Idéias
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