Por: Norbert Lieth
3ª Roupa: Suas Próprias Roupas
“E,
depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas
vestes e o levaram para ser crucificado” (Mt 27.31, ACF).
As roupas de Jesus eram
feitas por mãos de homem, para serem usadas por homens; eram de material
terreno. Jesus usou essas roupas durante a Sua vida.
Sendo Deus, Ele vestiu
essa “roupa” para se tornar completamente homem. Ele praticamente “vestiu nossa
pele” e assumiu humanidade completa.
E como Jesus usou essas
roupas feitas por homens, elas também realizaram milagres. Uma mulher tocou a
bainha da Sua roupa e imediatamente ficou curada (Mc 5.25ss.).
As roupas de Jesus
indicam que Ele se tornou homem, e nos ensinam que Ele quer tornar a nossa humanidade
completa. E quando nós O convidamos a preencher nossa humanidade, Cristo, a
esperança da glória (Cl 1.27), vive em nós.
Suas roupas se
transformaram em símbolo da redenção, pois quatro soldados as tomaram e
dividiram entre si (Jo 19.23). As roupas de um condenado à cruz eram despojos
dos carrascos. Assim, as roupas de Jesus, crucificado vicariamente pela nossa
culpa, transformaram-se em “vestes de salvação” para nós (Is 61.10).
Tiraram dele a “capa” e “vestiram-lhe as suas vestes”. Jesus não era nem como Herodes
(manto esplêndido) nem como os soldados (capa). Ele os usou e depois foi
despido delas. Mas Ele continuou sendo verdadeiro homem.
4ª Roupa: A túnica
“Os soldados, pois, quando
crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada
soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem
costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a
rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá – para se
cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha
túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados” (Jo 19.23-24).
O texto diz expressamente que essa túnica tinha sido
tecida sem usar qualquer costura. As roupas do sumo sacerdote também eram
feitas dessa forma: “Farás também a
sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo azul. No meio dela, haverá uma
abertura para a cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma
saia de malha, para que não se rompa” (Êx 28.31-32). A diferença estava
no fato de que o sumo sacerdote usava essa peça por cima de todas as outras, e
Jesus a usava por baixo. Isso também tem um significado mais profundo: Jesus
Cristo é o verdadeiro Sumo Sacerdote, ainda ocultado. Ele veio ao mundo como
Filho de Deus e revelou-se como Messias de Israel em Seus atos. Mas era preciso
que também ficasse claro que Ele era mais que isso: o Eterno Sumo Sacerdote de
Seu povo. No fim de Sua vida ficou claro qual era o Seu destino inicial.
O povo celebrou-O como Filho de Davi, louvou-O como
Messias e grande Profeta. Contavam com a vitória sobre os romanos e o
estabelecimento de um reino messiânico. Mas eles não perceberam que primeiro
Jesus teria de morrer pelos pecados dos homens, como o Cordeiro de Deus.
Podemos chegar a Ele, o Senhor crucificado e ressuscitado, com toda a nossa
culpa. Ele intercede por nós, é nosso Advogado diante do Pai celeste: Seu
sacrifício vale perante Deus. Jesus é tudo de que nós precisamos!
A túnica de Jesus não tinha costuras. O sacerdócio de
Jesus é indivisível, não há nenhuma costura que possa ser desfeita, ele é uma
unidade. Seu sacerdócio não pode ser dividido com Maria, outra assim chamada
mediadora, nem com os sacerdotes eclesiásticos, nem com o papa nem com nenhuma
outra religião. Somente Ele é o eterno e verdadeiro Sumo Sacerdote, o único
Mediador entre Deus e os homens (cf. 1 Tm 2.5-6).
Fonte: Chamada.com
Título do Artigo: As Seis Vestes de Jesus
Links: (1ª Roupa) - (2ª Roupa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário