Após meses de guerra na Síria e no Iraque, as
forças leiais ao Estado Islâmico foram expulsas de praticamente todo o
território que controlaram por mais de dois anos.
Ainda existem focos de resistência em várias
partes, mas são apenas uma fração do que eram quando divulgavam frequentemente
vídeos de execuções daqueles que não seguiam o islã.
Mesmo assim, líderes cristãos que ficaram para
trás, apoiando as vítimas da guerra, continuam enviando relatos de perseguições
e morte daqueles que se recusa a negar Jesus. Um pastor que se identifica como
Edward relatou ao The Christian Post que a Síria está “sendo dilacerada” pela
guerra civil.
Algumas das agências de ajuda, como a Organização
Mundial da Saúde (OMS), vinculada a ONU, calculam que 700.000 pessoas,
incluindo 300.000 crianças, permanecem presas em áreas sitiadas por jihadistas.
Muitos deles são de grupos não ligados ao Estado Islâmico, mas possuem as
mesmas motivações.
Para Edward, “A Síria está sendo dilacerada e o
mal está ao nosso redor. Podemos senti-lo de modo muito forte. Isso pesa em
nossos corações. Mas temos a verdade de Jesus Cristo vivo. É encorajador para
mim ler Isaías 60, onde diz que a luz se ergue sobre a igreja e sua glória está
na igreja”.
Conta que há muitos testemunhos fortes, como o de
um homem que ele conhecia chamado George. Quando os extremistas entraram em sua
aldeia à procura de cristãos, testemunhou para sua mãe: “Jesus disse que
negaria aqueles que o negassem na terra”. Acabou sendo morto por causa de sua
fé. Mas sua mãe não recebeu permissão para enterrar o seu corpo.
A Missão Portas Abertas, que vem oferecendo ajuda
aos crentes locais que permaneceram na Síria, oferece dinheiro, bíblias,
treinamentos de liderança, aconselhamentos para os traumatizados e outros tipos de ajuda, relata
que quase a totalidade das igrejas sírias estão em ruínas agora. No entanto,
muitos cristãos optaram em continuar se reunindo e alcançando outros com o
Evangelho.
Novas
igrejas surgem entre ex-muçulmanos
Os líderes cristãos da região têm focado nos
milhares de muçulmanos que se convertem a Jesus Cristo no meio desse
derramamento de sangue no Oriente Médio. Edward disse que conheceu vários
casos, como o casal que decidiu comparar a Bíblia que recebeu com o Alcorão que
sempre liam.
“Tinha esse marido e sua esposa que queriam
comparar o Deus da Bíblia com o Deus do Alcorão. Quanto mais eles estudavam,
melhor percebiam que era melhor seguir o Deus da Bíblia, pois ensinava amor,
bondade e perdão”, lembra. Ressalta que ouviu muitas histórias de ex-muçulmanos
que, após leram a Bíblia, decidiram seguir a Jesus. Com isso, muitas igrejas
novas estão surgindo.
Destaca ainda que o que mais chama atenção dos
muçulmanos é a capacidade dos cristãos em perdoarem. “É difícil perdoar,
especialmente quando os nossos amigos e familiares são mortos sem razão
aparente. Mas porque Jesus nos ensinou a perdoar nossos inimigos, é o que
fazemos”, ressalta.
Edward faz um apelo para os cristãos de todo o
mundo, que orem por ele e pelos demais líderes que ficaram, para que tenham
força e ânimo em continuar evangelizando. “Isso nos fortalece e nos ajuda a
continuar”, finaliza.
O diretor de Portas Abertas David Curry disse ao
Christian Post que a igreja e os líderes mundiais precisam responder à continua
perseguição aos cristãos. “Não se esqueçam de cada 12 pessoas no mundo hoje,
uma vive em uma área onde o cristianismo é ilegal, proibido ou punível com a
morte. Mesmo assim, vemos o mundo se calar diante dessa gigantesca onda de
intolerância religiosa”.
Por:
Jarbas Aragão
Fonte:
Gospel Prime
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