Quanizolo
costumava ser um jovem ativo e, como membro da igreja na RepúblicaCentro-Africana, liderou um coral e ajudou muito na Escola Bíblica Dominical.
Mas
quando o grupo extremista islâmico Seleka atacou sua região, em 2013, muitas
coisas mudaram para ele. Seus ferimentos foram graves e causaram algumas lesões
definitivas que o limitam fisicamente. De lá para cá, porém, ele tem trilhado a
estrada do perdão.
“O
dia 14 de abril de 2013 é uma data inesquecível para mim, que dói até os dias
de hoje. Foi o dia que minha vida mudou completamente. Ainda ouço o som da
explosão súbita, depois disso fui carregado até uma ambulância e levado a um
hospital”, conta. Na ocasião, sete pessoas morreram e mais de 30 ficaram
gravemente feridas. “Minha perna esquerda teve de ser amputada do joelho para
baixo. Passei 4 meses internado”, lamenta Quanizolo que adorava jogar futebol
com os amigos. “A Portas Abertas cobriu as despesas médicas, fui bem cuidado e
agora tenho uma prótese que me permite ir e vir livremente. Ainda sinto alguma
dor, mas já estou bem melhor”, comenta.
Ao
ser questionado sobre o que sente pelos agressores que causaram essa grande
mudança em sua vida, ele responde: “No começo questionava a Deus ‘onde o Senhor
estava na hora da explosão?’, pois eu não acreditava que ele deixaria isso
acontecer comigo. Sentia raiva dos militantes, principalmente quando via as
cicatrizes em meu corpo. Mas Deus me ensinou a arte do perdão e ministrou em
mim a paz de espírito”, revelou o cristão.
“Deus
nunca deixou de falar comigo. Eu encontro conforto na Palavra. Uma das
passagens que mais me encoraja é essa: ‘Não
andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com
ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede
todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo
Jesus’. (Filipenses 4.6-8). Agradeço a Deus pela Portas Abertas e por todos
os que oraram por mim. Ainda tenho muitos sonhos a realizar”, conclui
Quanizolo.
Juntos pela África
Os
cristãos de alguns países da África
Subsaariana enfrentam uma das piores perseguições de sua história. No dia 11 de
junho, data escolhida para o Domingo da Igreja Perseguida 2017, juntos faremos
mais pelos nossos irmãos dessa região.
Fonte: Portas Abertas
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