Por
Wesley L. Duewel
Muitas das nossas igrejas mostram mais sinais
de morte do que de vida, mais sinais de declínio do que de crescimento!
Se fôssemos absolutamente honestos, será que
teríamos de escrever Icabode (1 Sm 4.21) sobre a sua igreja ou sobre a minha?
Não é verdade que, pelo menos em alguma medida, a glória de Deus na igreja é
menor do que um tempo atrás?
Não precisa ser assim. Nenhuma vida pode
justificar seu declínio espiritual. Nenhuma igreja pode justificar sua perda da
consciência envolvente da presença de Deus, do poder de Deus e da glória de sua
obra no meio dela. Esse senso da presença de Deus pode ser tão preponderante
hoje como era anteriormente. A unção do Espírito pode ser tão poderosa em sua
vida quanto já foi na vida de outros.
A convicção do Espírito Santo pode
apoderar-se dos pecadores tão poderosamente hoje quanto o fazia em épocas
anteriores da História. O avivamento pode ser tão real em nossas igrejas hoje
como em qualquer tempo glorioso do passado. Talvez estejamos mais longe do
avivamento do que antes. Talvez tenhamos que pagar um preço mais elevado de
auto-humilhação, autoesvaziamento e busca da face de Deus. Talvez nos custe
mais colocar as primeiras coisas em primeiro lugar. Talvez o preço seja mais do
que estamos preparados a pagar. Mas esta ainda é a dispensação do Espírito
Santo.
Por que você se queixa de como a igreja
precisa de avivamento quando sua própria vida é tão comum? Por que você aponta
para a seca espiritual ao seu redor quando rios de água viva não estão fluindo
do seu próprio interior? Por que você lamenta a falta de manifestações
sobrenaturais quando você não está pagando o preço por novos e poderosos
revestimentos do poder de Deus em sua própria vida? Nós mesmos é que somos
culpados diante de Deus.
Sabemos o preço que
precisa ser pago, mas não queremos pagá-lo
Nós sabemos o que está errado com a igreja,
mas nós também não estamos virando o mundo de cabeça para baixo como fizeram os
primeiros cristãos (At 17.6). Você e eu nos condenamos a nós mesmos pela luz da
Palavra que já temos e que não estamos praticando. Não temos nenhuma desculpa
adequada para a esterilidade de nossas próprias vidas.
O que pretendemos fazer sobre isso? Não basta
ter desejos piedosos; precisamos buscar a face de Deus até que nossa fome se
torne mais forte do que tudo o mais, até que nossas almas se tornem
desesperadas para ter mais de Deus. Não
basta cantar sobre oração, precisamos aprender a passar horas e horas em oração.
Não existem atalhos
para a bênção
Claro, existem alguns elementos essenciais.
Se há algum pecado em nossas vidas, precisamos nos arrepender dele e lançá-lo
fora. Se nunca fizemos uma entrega absoluta a Deus nem recebemos a plenitude do
Espírito pela fé, devemos abrir nosso coração e entrar em tudo o que ele nos
oferece.
Ao mesmo tempo, não devemos ficar esperando
um novo momento mágico para levar-nos instantaneamente da imaturidade à
maturidade, de uma pessoa de oração irregular e indisciplina a um poderoso
guerreiro de oração.
Vai custar-nos tempo. Vai custar-nos horas
lendo a Palavra repetidamente. Vai custar-nos dias de buscar a presença de Deus
e noites de intensa fome e sede por mais e mais dele. Vai custar-nos
autodisciplina para manter nossos tempos de oração, para separar espaço para o
jejum.
Mas se pagarmos esse preço, o poder de Cristo
repousará sobre nós, a glória de Deus coroará nosso ministério e testemunho e
nossa vida se tornará radiante pela presença do Cristo ressurreto. Isso é algo
que não pode ser alcançado por esforço ou mérito humano; é concedido pela graça
de Deus. Mas Deus não desperdiça sua graça sobre aqueles que não preparam suas
vidas como vasos santificados, adequados para seu uso sagrado.
Milagres podem encher sua vida porque Deus
está esperando hoje para ser gracioso. Ele está esperando hoje para abalar este
mundo em favor do reino de Deus por seu intermédio.
Fonte:
Revista Impacto
Reimpresso
de uma edição anterior do Arauto de Sua Vinda.
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