Por:
Jarbas Aragão
A guerrilha comunista das FARC (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia) tinham assinado um acordo de paz, em setembro de
2016, com o governo do país.
Isso rendeu um prêmio Nobel da paz ao presidente
Juan Manuel Santos. Mesmo assim, eles ainda praticam o terrorismo em regiões
remotas da selva amazônica, que cobre 40% do território.
Segundo o recente relatório da missão Portas
Abertas, os guerrilheiros continuam ameaçando líderes evangélicos, que muitas
vezes são forçados a fugir para não morrerem. Eles testemunham que o acordo de
paz não representou o fim da violência no país. Pastores, suas famílias e as
comunidades cristãs do interior continuam enfrentando ameaças e perseguições.
O pastor Álvaro Ramírez* também é um líder
comunitário em sua cidade. Ele diz que: “Apesar de estar aqui por muitos anos,
pedi que minha denominação me transferisse. Me entristece deixar a aldeia e ter
de começar do zero, mas as ameaças não param. Eles me proibiram de entrar nas
comunidades da empobrecida Chocó”. O local é dominado pela organização
guerrilheira comunista do Exército de Libertação Nacional (ELN), uma ala mais
radical das FARC.
No leste do país, a vida do pastor Rubens* foi
ameaçada mais de cinco vezes nos últimos quatro meses. “Primeiro, ameaçaram
matar meus pais, depois a mim. Homens armados cercaram minha casa e minha
congregação, e quando dois deles bateram em minha porta, eu sabia que era muito
perigoso e me escondi “, relata.
A vida nas áreas rurais é muito dura. O
recrutamento de menores para a guerrilha persiste. O pastor Francisco Vivas*
informa que, em janeiro de 2017, obteve permissão para resgatar oito crianças
das mãos das FARC. Eles foram sequestrados, levados para a selva e treinados
como guerrilheiros.
O governo colombiano não cumpriu suas promessas
aos combatentes. Os serviços básicos de habitação, saúde, alimentação, etc.,
não foram entregues. Com isso, alguns ex-guerrilheiros voltaram à atividade,
fazendo parte da multidão de dissidentes que hoje trabalha para os cartéis de
droga. Com informações de Portas Abertas.
*
Os nomes foram modificados por questões de segurança.
Fonte: Gospel Prime
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