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Os Amigos do Mestre


Dentre os seus discípulos, Jesus escolheu os doze apóstolos e, por fim, os chamou de amigos.

Discípulo descreve a relação entre o aprendiz e seu mestre. Apóstolo diz respeito à função de alguém que foi enviado por outro, enquanto que amigo descreve a condição de relacionamento com alguém.
Se Jesus começou seu ministério com discípulos e finalizou-o com amigos, é natural concluir que este era o objetivo dele com o discipulado. Seu discipulado não consistia em ensinar uma nova filosofia, criar uma nova escola doutrinária e nem mesmo uma ideologia política dentre as muitas correntes existentes entre os judeus naqueles dias. Seus discípulos não se tornaram bons empreendedores ou oradores eloquentes devido ao ensino que receberam dele. A preocupação central de Jesus era ensiná-los a respeito do amor, e isto ele fez de maneira vital. Jesus esperava que, ao final da jornada que fizeram juntos, aqueles que ele escolhera estivessem aptos a prosseguir com base no amor.
Quando Jesus os declara amigos, demonstra que isso está estreitamente vinculado ao amor (Jo 15). Portanto amizade e amor, no contexto da aliança que Jesus propôs, estavam indissociavelmente ligados. Foi por essa razão que o confronto com Pedro (Jo 21:15-23) não se deu para pedir satisfação à ação de negação que ele cometera, mas sim para se certificar se o amor de Pedro estava firme.
Quando de sua ascensão aos céus, Jesus determinou que os discípulos (os onze apóstolos acompanhados de outros) ficassem juntos em Jerusalém esperando a vinda do Espírito Santo. Este período de estreita convivência por 10 dias foi muito importante para consolidar as bases da comunidade que se tornaria o núcleo da igreja ali gerada. Esta igreja nasceu, então, firmada em aliança de amor, exercendo uma solidariedade sem medidas que atraía a adesão de outros pautados pela mesma conduta.
Logo, se bem atentos, veremos que a igreja não nasce do planejamento do homem que tem a intenção de implantá-la. Ela nasce da intenção de Deus e da rendição voluntária de homens que se dispõem à prática do amor, condição que caracteriza estes últimos como amigos de Jesus e entre si.
Toda missão que Jesus delegou aos seus ele o fez de maneira conjunta. Os discípulos sempre foram enviados, no mínimo, em duplas. Isto é coerente com o ensinamento sobre a garantia da presença de Jesus onde dois ou três deles estivessem reunidos em seu nome e sobre a concessão do Pai a qualquer coisa a respeito da qual dois deles concordassem (Mt 18:19-20). Ao declarar o que conhecemos como a “grande comissão”, Jesus envia e também promete acompanhar os enviados: “Ide (…) e eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28:18-20).
Recordamos que, desde a criação do homem, Deus se dispôs a fazer tudo em companhia do homem. Deus adotou o princípio de nada fazer sozinho e também o atribuiu ao homem. Portanto só quando temos a companhia de outro e ambos estejam em concordância com Deus é que temos a garantia de Sua presença conosco. Sem cumprir esse quesito, tudo o que é feito não passa de empreendimento humano, ainda que seja bom.
É salutar refletirmos se somos amigos de Jesus. Basta verificar se temos amigos em favor dos quais estamos dispostos a viver e até mesmo a morrer, se não exigimos que eles sejam qualificados aos nossos empreendimentos e se nosso discipulado para com eles tem como objetivo fazê-los amigos e não subordinados. Como amigos, eles nos conhecerão e saberão que somos amigos de Jesus. Inevitavelmente isso afetará a vida deles.
Embora haja quem pense que ser apóstolo é o máximo, o mais importante é ser amigo de Jesus. Como tal, nossa missão é fazer outros amigos – nossos e dele.

Autor: Pedro Arruda

Fonte: Grupo News

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