Uma Igreja que tinha vida e
vivia como família
Quando leio o livro de Atos, vejo uma Igreja reunida para compartilhar alegrias e tristezas; vejo uma Igreja unida em amor, para testemunhar do Cristo vivo, que conduz o seu povo para fora dos sistemas mundanos.
Vejo a solidariedade em ação, compungindo os corações; vejo uma Igreja família, onde não havia cota fixa para as doações, o coração humilde e livre. Quem tinha, dividiu com os necessitados.
Vejo um povo vivendo na direção e dependência do Espírito Santo.
Não havia necessidade de conjuntos de normas, nem cartilhas de proibições, pois, aquele povo era consciente do propósito de Deus. Um povo guiado pelo Espírito Santo.
Vejo uma liderança fundamentada no amor e humildade, e não na autoridade que a posição possibilita.
Mesmo porque a posição de liderança tem transformado homens simples e humildes em dominadores arrogantes e donos da verdade.
Porém, na família de Deus, todos têm os mesmos direitos e deveres. Não há acepção, nem destaques pessoais, pois, os maiores sempre desejam as menores posições.
Não vejo hierarquia, pois, todos são servos uns dos outros.
Cristo é exaltado na vida prática da humildade.
Não vejo títulos denominacionais, nem discussões teológicas.
Viver o exemplo de Cristo é a motivação que acende o fogo da compaixão entre os que são chamados para implantar o reino de Deus.
Ceando e alimentando de casa em casa; orando juntos no templo e nos lares; vivendo a comunhão fraternal na comunidade; Cristo estava centralizado e era compactado pela vida daquele povo que não vivia como religião ou denominação, mas, como membros de uma mesma família, a Família de Deus.
Olhando para a Igreja de Atos, meu coração sussurra: Esse mundo procura ansiosamente, onde está aquela Igreja?
Roque da Mota Andrade
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