Suspeitos de integrarem o grupo
insurgente islamita Boko Haram mataram pelo menos 85 pessoas com armas e
explosivos no nordeste da Nigéria, incluindo um ataque durante um serviço
religioso, disseram testemunhas nesta segunda-feira (27).
No domingo (26), eles mataram 22
pessoas com bombas e tiros durante uma cerimônia religiosa em uma igreja
católica no vilarejo de Wagta Chakawa, no Estado de Adamawa, e depois queimaram
casas e fizeram moradores reféns, em um cerco de quatro horas, segundo
testemunhas.
Forças de segurança da Nigéria disseram
que em outro ataque, nesta segunda-feira, supostos membros da seita mataram
pelo menos 40 pessoas na vila de Kawuri, no remoto Estado de Borno, nordeste da
Nigéria. Ninguém assumiu de imediato a responsabilidade por esses atentados.
O presidente do país, Goodluck
Jonathan, enfrenta dificuldades para conter a ação do Boko Haram em regiões
rurais remotas do nordeste nigeriano, onde a seita iniciou um levante em 2009.
O Boko Haram quer impor a sharia (lei
religiosa muçulmana) em um país dividido quase igualmente entre cristãos e
muçulmanos. O grupo matou milhares de pessoas nos últimos quatro anos e meio e
é considerado a maior ameaça à segurança na Nigéria, principal exportador de
petróleo e segunda maior economia da África (atrás apenas da África do Sul).
Os principais alvos dos militantes do
Boko Haram têm sido as forças de segurança, políticos contrários ao grupo e
minorias cristãs em áreas de população majoritária muçulmana no norte
nigeriano.
Os militares e a polícia não
responderam aos pedidos de informações. Uma fonte no Exército confirmou o
ataque à igreja, mas pediu que não fosse identificada por não ter autorização
de falar com a mídia.
Fonte: Missão Portas Abertas
Nenhum comentário:
Postar um comentário