“Então, lhes ofereceu Levi um grande
banquete em sua casa; e numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa.
Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus,
perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Respondeu-lhes
Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos,
e sim pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5:29-32).
Na época de Jesus, havia muitos que se
consideravam justos. Não admitiam ser pecadores, e se orgulhavam de suas boas
obras, considerando que estavam satisfazendo ao coração de Deus e que mereciam
a vida eterna. Grande engano!
A Bíblia diz que todos os homens são
pecadores, sem exceção. Não há quem seja justo, nem sequer um. Até mesmo as
nossas justiças, como disse o profeta Isaías, são como trapos imundos. O nosso
coração é, por natureza, pervertido, somos inclinados a praticar o mal, sendo
escravos do pecado e do diabo. O homem odeia a Deus, e ama ao pecado. A não ser
que você tenha se convertido, tal é a sua situação.
Muitos, no entanto, não compreendem
isso. Vestem-se de um manto de justiça própria que é detestável aos olhos de
Deus. Você, que confia nas suas próprias “boas” obras, saiba que elas chegam a
Deus como cheiro desagradável, como que de esgoto. Você não pode salvar a si
mesmo. O seu pecado é terrível demais para ser compensado com obras
aparentemente boas. Não seja tão cego, a ponto de não enxergar as suas próprias
iniqüidades, e a sua incapacidade em agradar a Deus e limpar os seus pecados.
Os que se tem por justos estão
automaticamente declarando que não precisam de Cristo. Jesus veio para salvar
pecadores, e não pessoas “boas”. Justos não precisam ser perdoados, muito menos
receber um novo coração. Eles estão em plena saúde espiritual, e não necessitam
do remédio de Deus para o pecado. Entenda de uma vez por todas: só pecadores
precisam de Cristo.
A salvação é pela graça de Deus. Graça
significa favor imerecido. É o amor de Deus para com aquele que merece a Sua
ira. Como todos os homens são pecadores e merecem esta ira, todos os que querem
a salvação precisam da graça, como revelada em Cristo Jesus. É como disse o
apóstolo Paulo, “se é pela graça já não é pelas obras, de outra maneira, a
graça já não é graça”. A graça elimina todo mérito humano, de modo que só o
Senhor é glorificado.
“Justos”, eu sei que estou lhes
trazendo uma notícia desagradável. Fere o seu orgulho saber que as suas justiças
não tem nenhum valor diante de Deus, não é mesmo? Enquanto vocês não descerem
ao vale da humilhação, enquanto não rasgarem os seus corações em profunda
convicção de pecado, nunca serão salvos. Enquanto não compreenderem o terrível
estado de suas almas, a sua grande necessidade e total incapacidade, jamais
poderão receber a vida eterna. Abram os olhos, hipócritas! Vocês, que
justificam a si mesmos, tomem cuidado, para não serem condenados por Deus.
Agora, quero me dirigir aos indignos e
pecadores. Se você, meu querido amigo, tem reconhecido o seu estado de miséria
e pecado, eu me alegro muito. Isso significa que o Espírito de Deus está
operando no seu coração. Você se sente incapaz de realizar a vontade de Deus? O
peso do pecado tem pesado sobre os seus ombros? O sentimento de culpa tem
tirado a sua alegria? Você se sente o pior dos pecadores? Ah, leitor, é para
pessoas como você que Cristo veio ao mundo. Creia que Cristo padeceu pelos seus
pecados, carregando todos eles sobre a cruz, e ressuscitou ao terceiro dia,
para que você possa ser completamente perdoado. Arrependa-se, e creia nas boas
novas do Reino de Deus. Creia que Jesus Cristo é suficiente para salvá-lo
eternamente. Abandone todas as suas maldades, e submeta-se ao Senhorio de
Jesus.
As obras não são causa da salvação,
porém conseqüência dela, brotando de vidas que têm sido transformadas pelo
Espírito Santo. Só é possível realizar obras agradáveis a Deus após ter sido
convertido, após ter encontrado a verdadeira vida.
Há quem justifica a si mesmo; porém, há
aqueles que são justificados pelo próprio Deus. É melhor ser bendito pelo
Senhor do que ser bendito por si mesmo, ou pelos homens. Glória a Deus, por
tamanha graça!
“Propôs também esta parábola a alguns
que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os
outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o
outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta
forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por
semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe,
não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó
Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua
casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado, mas o que se
humilha será exaltado.” (Lucas 18:9-14)
Fonte: Teologia e Vida
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