Iraque cria
um comitê especial para documentar perseguição.
Segundo a agência de notícias
missionárias Fides, o governo iraquiano criou um comitê para documentar a
perseguição aos cristãos, com o objetivo de tomar as medidas adequadas para
conter a violência e o abuso contra eles no Iraque, especialmente em Bagdá. O movimento começou com os
alertas de um membro cristão do Parlamento Iraquiano e do líder do Patriarcado
Caldeu, ambos preocupados em proteger os seguidores do Cristianismo.
Nos últimos meses foi
registrado um aumento no número de sequestros e desapropriação ilegal de casas,
propriedades e terras. Esses tipos de crimes serão o foco principal das
investigações. O comitê foi criado pelo primeiro-ministro Haydar al-Abadi e o
patriarcado já entregou o primeiro dossiê, contendo 14 casos de casas tomadas
ilegalmente.
Notícias atuais apontam que, em
Bagdá, quatro cristãos foram sequestrados dentro de duas semanas, entre os
meses de junho e julho, sendo que dois deles foram encontrados mortos, mesmo
com o resgate pago. De acordo com a organização não governamental, Bagdad
Beituna (Bagdá, Nosso Lar), houve mais de 7 mil violações contra propriedades
pertencentes a cristãos iraquianos em Bagdá, desde 2003.
Depois de décadas essa é a primeira
vez que o governo investiga oficialmente a situação dos cristãos no país. Isso
é muito positivo, sabendo que o estabelecimento do Estado Islâmico, desde junho
de 2014, trouxe maior radicalização da sociedade iraquiana e impulsionou a
corrupção organizada.
Fonte: Portas Abertas
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