Por: Sammy Tippit
Elementos
desse tipo de oração
Ao percorrer regiões
escuras do mundo, tenho observado vários elementos comuns em orações que
dissipam as trevas.
A
primeira é transparência. As trevas muitas vezes pressionam o
povo de Deus a buscar um lugar de segurança, e a presença de Deus é o lugar
mais seguro neste planeta. Por causa do seu amor perfeito, todo o medo é
expulso. Como ele é cheio de graça, podemos ser completamente honestos. Não há
necessidade de permitir que a culpa ou o engano habitem em nosso coração, pois
o caminho para a sua presença é através da cruz. Pela sua morte, somos
purificados. Não há necessidade de medo. Não há lugar para culpa. Honestidade e
mudança inundam nossa alma, assim como a luz lança fora as trevas.
Quando permitimos que a
luz divina brilhe nos lugares secretos de nosso coração, já estamos no caminho
para o avivamento. Ela produz profunda confissão e arrependimento completo. A
confissão traz liberdade das trevas, e o arrependimento produz grande paz e
alegria. A mudança em nossa vida vem da luz que nos conduz ao caminho alto
chamado santidade. Esse caminho não deixa espaço para o orgulho. Somos
conduzidos neste percurso pelo Espírito Santo, e só conseguimos nos manter
firmes nele pela sua maravilhosa graça. Prosseguimos neste caminho que leva ao
avivamento porque a graça de Deus se manifesta em nossa vida.
A
segunda característica da oração que dissipa a escuridão é um profundo senso de
desespero. Eu estive num palco ao lado do distinto professor de
evangelismo do Seminário Teológico Batista do Sudoeste, Dr. Roy Fish, alguns
meses antes do seu falecimento. Durante uma sessão de perguntas e respostas, um
pastor perguntou-lhe: “Você vê alguma esperança para avivamento nos Estados Unidos?”.
A resposta do Dr. Fish foi intrigante: “A grande esperança que vejo é que há um
crescente senso de desesperança na comunidade cristã”.
Historicamente, o
avivamento sempre toma conta da comunidade cristã quando os crentes ficam sem
esperança. Assim que percebem que seus métodos e recursos materiais não são
capazes de expulsar as trevas, eles clamam a Deus em desespero. Seu desespero
os leva à única esperança para a humanidade – Jesus. Olhe para os grandes
momentos da história bíblica e descubra o desespero que sempre precede o
resplendor da glória de Deus.
A vida parecia não
oferecer esperança para os filhos de Israel antes de Moisés encontrar Deus na
sarça ardente. A luz que irradiou daquele arbusto iria introduzir a glória de
Deus na vida de milhões de hebreus. A esperança para um futuro com liberdade
surgiu a partir da luz que apareceu num arbusto seco em um deserto desolado.
Havia um senso semelhante
de desesperança no Novo Testamento. Os discípulos se dispersaram com um
sentimento de derrota quando Jesus morreu na cruz. Mas a maior manifestação da
glória de Deus estava às portas. Ele venceu a morte, o inferno e o diabo. O
mundo nunca mais foi o mesmo, e essa luz continua brilhando até os dias de
hoje.
Desespero precede a
visitação divina. Desesperança nos leva a um lugar em que ouvimos as palavras:
“Tire as sandálias, porque você está em terra santa”. A dúvida e o medo nos
fazem correr para aquele que diz: “Estarei convosco todos os dias”. É nesse
tipo de lugar que corações desesperados são reavivados.
Há mais uma característica
que tenho visto entre aqueles que buscaram a Deus na escuridão e se tornaram
testemunhas das maravilhas da luz divina. É
um apelo apaixonado em favor da liberdade daqueles que estão presos nas trevas.
A coisa mais surpreendente transcorre quando o povo de Deus foge da escuridão e
corre para a presença divina. Aqueles que foram abusados pelos agentes das
trevas oram com paixão por seus perseguidores. Eles amam aqueles que os odeiam
e oram por quem abusou deles.
Tive oportunidade para
ministrar na Romênia durante o período negro do perverso ditador comunista,
Nicolae Ceaucescu. Os cristãos foram severamente perseguidos sob o seu governo.
Durante esse tempo, alguns amigos foram comigo levar um irmão romeno para comer
fora em Bucareste, num agradável restaurante que ficava no último andar de um
edifício bem alto. Era possível ver grande parte da cidade. Lembrei-me de uma
passagem da Bíblia em que Jesus lamentava sobre Jerusalém. Comecei a citar a
passagem, mas a mudei e disse: “Ó Bucareste, Bucareste, que matas os profetas e
apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus
filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o
quisestes!” (ver Mt 23.37).
Eu não fui capaz de
concluir a citação do versículo. Olhei para o meu amigo enquanto ele chorava
silenciosamente ali. Eu sabia que estava com um homem que amava seu povo. Todos
nós ficamos em silêncio e choramos. O amor de Deus se derramou sobre as nossas
almas em ondas sucessivas.
Um milagre incrível
acontece quando oramos por um avivamento. Quando entramos em comunhão íntima
com Deus, ele converte o ódio em amor, a raiva em paz e o medo em coragem. A
oração apaixonada nos transforma em pessoas compassivas. O amor de Deus sempre
produz amor pelas pessoas e uma fé inabalável nas suas promessas. É no lugar da
fé que a escuridão é dissipada.
Extraído e condensado de “Light In The Darkness” (Luz
na Escuridão) por Sammy Tippit. Copyright © 2015 por Sammy Tippit. Utilizado
com permissão. Para obter mais informações sobre livros de Sammy Tippit, visite
www.sammytippitbooks.com.
Fonte: O Arauto da Sua Vinda
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