Cuba não aparece na Classificação da Perseguição Religiosa atual,
mas sua pontuação fez com que se posicionasse em 63º lugar na lista.
A liberdade religiosa nesse país ainda é um desafio, mesmo que o
reconhecimento do direito dos cidadãos de praticar qualquer crença religiosa
faça parte da Constituição. A lei permite na teoria, mas condena na prática,
através de restrições cada vez mais específicas. Bíblias e outras literaturas
cristãs só podem ser importadas e distribuídas por grupos religiosos registrados
e monitorados pelo governo cubano. O governo também não permite o ensino
religioso nas escolas públicas.
Em visita a Cuba, no mês de março, o presidente americano Barack
Obama, levantou certa esperança de que a política do país pudesse mudar em
algum aspecto. Obama é o primeiro presidente em exercício a visitar Cuba desde
a revolução de 1959. De acordo com a CSW (Christian Solidarity Worldwide –
Solidariedade Cristã Mundial), algumas horas antes do presidente chegar ao
país, o líder cristão Mario Felix Lleonart Barroso foi preso e sua esposa ficou
detida em prisão domiciliar e a igreja que eles administram ficou cercada pela
polícia cubana.
"O presidente Obama encontrou em Cuba o regime de Fidel
Castro, que continua a reprimir a liberdade. Essa decisão de prender Mario
Felix e sua esposa, juntamente com suas filhas, e ainda na semana santa,
representa um total desprezo pelos direitos humanos. O líder religioso está com
sua saúde muito debilitada e é fácil perceber que ele está doente, só pela
aparência. O que eles fizeram foi desumano", disse o congressista
americano Jeff Duncan, que é o presidente do Comitê dos Representantes na
Subcomissão de Assuntos Exteriores no Hemisfério Ocidental.
"Essa aproximação entre os Estados Unidos e Cuba pode ser
algo positivo, mas ainda não serviu de nada para alterar a situação negativa da
liberdade religiosa no país. Mario Felix foi preso injustamente, simplesmente
para ser impedido de participar das atividades públicas relacionadas à visita
do presidente americano. Ele não é bem visto pelo governo por ser um ativista
da liberdade religiosa proeminente. Muitos outros líderes religiosos são
ameaçados de prisão e sofrem vários tipos de violência, com suas igrejas e
casas destruídas. A justificativa da polícia é sempre a mesma: insubordinação.
Basta falar contra o governo e as algemas já estão prontas", conclui um
dos analistas de perseguição.
Interceda por essa nação.
Fonte: Portas Abertas
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