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Deus só usa material quebrado (Parte II)

Por: Charles H. Mackintosh

A necessidade de quebrantamento

Estas são palavras oportunas para todos nós. O quebrantamento de espírito é uma necessidade muito notória do momento presente.
Noventa por cento dos nossos problemas e dificuldades podem ser creditados à falta dessa qualidade. É impressionante como conseguimos nos dar bem nas situações mais desafiadoras do cotidiano – na família, na igreja, no mundo, em toda a nossa vida prática –, quando o ego é sujeitado e levado à morte.
Milhares de coisas que de outra maneira seriam obstáculos instransponíveis para o nosso coração passam a ser consideradas inconsequentes quando alcançamos um estado de espírito verdadeiramente contrito. Somos capacitados a suportar vergonha e insulto, a desconsiderar desfeitas e afrontas, a desprezar totalmente nossas manias, predileções e preconceitos, a ceder aos outros quando não há envolvimento de princípios essenciais, a estar prontos para executar toda boa obra, evidenciar generosidade sincera em todos os procedimentos e flexibilidade em todos os nossos movimentos morais, de forma a adornar e exaltar o testemunho prático de Deus nosso Salvador.
Lamentavelmente, na maioria das vezes, agimos de maneira exatamente contrária! Exibimos um temperamento rígido e inflexível; defendemos com intransigência nossos próprios direitos; colocamos nossos interesses em primeiro lugar; cuidamos somente daquilo que nos pertence; brigamos pelos nossos pontos de vista. Tudo isso comprova, indiscutivelmente, que o nosso “eu” não está sendo habitualmente avaliado nem julgado na presença de Deus.
Assim, tornamos a repetir – e a enfatizar – que Deus só consegue trabalhar com material quebrado. Ele nos ama demais para nos deixar duros e resistentes; é por isso que considera necessário nos passar por toda espécie de disciplina a fim de levar-nos a uma condição de coração em que possa nos usar para sua própria glória. A vontade precisa ser quebrada; a autoconfiança, a autocomplacência e a autoimportância precisam ser cortadas pela raiz. Deus fará uso dos ambientes e das circunstâncias pelas quais teremos de passar e das pessoas com quem nos relacionamos na vida diária para disciplinar o coração e sujeitar a vontade. Além disso, ele tratará conosco diretamente com a finalidade de gerar na nossa vida esses tremendos resultados práticos.

Link: Parte I


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