“... o homem vê a aparência, mas o
Senhor vê o coração.” (1Samuel 16.7)
O que temos diante dos nossos olhos? A aparência
exterior: a face, beleza ou feiura, a força e a estatura.
Aos olhos de Deus, porém, até mesmo características
como inteligência, oratória, formação e títulos acadêmicos representam aspectos
exteriores. O aspecto interior, por outro lado, é o coração. O que é o coração?
Aqui ele não representa o órgão encarregado de bombear sangue através do nosso
corpo. Aqui ele representa o ser interior da pessoa: seu relacionamento com
Deus, com o próximo e consigo mesmo. É o que caracteriza o cerne de cada um.
O versículo acima foi proferido numa situação bem
específica: Deus havia rejeitado o exteriormente grande e imponente rei Saul.
Ele encarregou o seu profeta Samuel de ungir um novo rei para Israel. Samuel
foi a Belém. Na casa de Jessé ele encontrou sete belos filhos desse homem.
Samuel também ficou impressionado com eles, mas “o Senhor não escolheu nenhum
destes”. O escolhido foi o oitavo: o jovem e discreto Davi, que estava cuidando
das ovelhas. Deus observou o seu coração e o escolheu como o novo rei.
E nós, o que fazemos? Observamos o exterior, o
primeiro plano das pessoas que encontramos? Ou pedimos que Deus aprofunde nosso
olhar e que ele nos revele o coração das pessoas desconhecidas? Pela graça de
Deus, nunca seremos capazes de olhar profundamente o coração dos outros – nem
mesmo o nosso. Certamente ficaríamos assustados. Mas Deus nos conhece. Ele
sonda nossos corações e pode transformá-los por meio do seu Espírito. Ele pode
converter nossos corações orgulhosos e duros em utensílios humildes, amorosos e
dispostos a servir.
Uma história nos foi transmitida desde a Idade Média:
um rei chegou ao portão do mosteiro e pediu entrada com as seguintes palavras:
“Abram, aqui está o vosso rei! Deixem-me entrar!”. O valente porteiro, atrás do
portão trancado, respondeu: “Não conhecemos outro rei além de Deus”. O rei
retrucou: “Abram, eu sou o vosso senhor!”. A resposta veio imediatamente:
“Somente Deus é o nosso Senhor”. Então o rei caiu em si, refletiu e disse:
“Aqui está um pobre pecador que seria bem-aventurado pela misericórdia”. “Esse
nós conhecemos. Entre!” Oremos:
Onipotente Deus, que sonda nossos corações: conceda
que reconheçamos nossa culpa! Agradeço que tu podes transformar meu coração
endurecido e fraco em um vaso para a tua honra. Por favor, faça-o! Amém.
Por:
Lothar Gassmann
Fonte:
Chamada.com
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