Por: J. C. Williams
O ambiente do
mundo sufoca desejos divinos. É contrário ao espírito de oração. Se vivermos e
nos movermos numa atmosfera venenosa, certamente nossa vida espiritual será
envenenada.
Os discípulos
vieram ao Mestre e suplicaram que lhes ensinasse a orar. Jesus disse: “Entra no teu quarto, e,
fechada a porta…” (Mt
6.6). Precisa colocar a barreira da porta fechada, deixar o coração e o
espírito isolados, sozinhos com Deus. Não precisamos da chave que fecha a porta
de uma cela monástica, mas do espírito que fecha a chave para o mundo,
recusando-se a ser movido por seus princípios contrários.
É difícil orar porque precisamos usar nosso
cérebro, e a mente é a última fortaleza do diabo. “E vos renoveis no espírito do
vosso entendimento [ou mente]…” (Ef
4.23). Busque a “mente de Cristo”.
Ore para que
a mente seja clarificada na própria oração. Muitos oram sem qualquer noção
sobre o que vão pedir. Não há suficiente contemplação e meditação. Se os anjos
não podem entrar na presença de Deus com rostos descobertos, quanto menos
devemos entrar correndo para falar com ele com mentes despreparadas!
É difícil orar porque orar é batalhar.
Falemos com o Senhor que não sabemos orar. À medida que formos dando expressão
a isso, estaremos desafiando as potestades das trevas. Ao buscarmos a Deus,
procurando ligar-nos insistentemente a ele, iremos rompendo as forças de
oposição e, ao mesmo tempo, aprendendo lições de como vencê-las com o poder do
Espírito.
Quando
estivermos de joelhos, e os céus estiverem fechados como bronze, é um sinal de
que entramos numa esfera espiritual e que precisamos lutar. Não é necessário
rasgarmos os céus para entrar nessa esfera. Já estamos sentados nos lugares celestiais em Cristo. Porém, quando
oramos, tomamos uma arma em nossas mãos. Precisamos usá-la para batalhar e
passar pelas forças de oposição!
Esperar em Deus não é ser passivo, mas
ficar na expectativa – como esperaríamos na estação pela chegada de um
trem.
Ore sobre suas orações. Veja se há
nelas algum elemento de egocentrismo. Veja se está orando com motivos impuros
ou por alvos errados. Aquele filho por quem você tem orado, que ainda não
conhece Jesus – veja se você não tem orado apenas com o amor de mãe no seu
coração. Afeto humano não é suficiente. Precisa haver um impulso de Deus, um
mover divino.
Só podemos
orar à medida que tivermos uma visão da necessidade do mundo e sentirmos o amor
pelos perdidos que Jesus tinha. Somos um sacerdócio real. Não seremos intercessores enquanto não virmos a necessidade, e só
veremos a necessidade se estivermos em contato com Deus.
“Também o
Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos
orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com
gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).
Vigilância espiritual
Junto com a
oração, é importante vigiar. Oração é o resultado de estar alerta
espiritualmente, e vigilância é o resultado de vida espiritual. Um homem
desfalecido não tem consciência do que está à sua volta. Ele está vivo, mas
inconsciente. Nunca perca consciência do
poder e da presença de Deus. Ore, mas não esmoreça!
O vento do
Espírito Santo pode soprar hoje. Estamos de prontidão, alertas? Se o vento
viesse e as velas não estivessem armadas, e os marinheiros todos dormindo, eles
perderiam a oportunidade. Pode ser que um missionário esteja lutando com
dificuldades, ou um irmão ou irmã em tristeza e depressão; Deus pode estar
procurando por um intercessor, alguém que está vigiando, disposto a orar.
Estamos prontos?
Se a igreja
se entregasse à oração, o que isso significaria à multidão incontável de pobres
e perdidos que estão perecendo longe de Jesus? Deus fenderia os céus e
desceria.
Deus coloca a chave de sua casa de tesouros
nas mãos daquele que ora. Vamos orar!
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