Por: Paul Golden
A
Petição
Davi, então, faz uma
transição: de questionar a Deus para orar a Deus. Ele faz sua petição a Deus,
pedindo por uma resposta:
“Atenta
para mim, responde-me, Senhor, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não
durma o sono da morte; para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e
não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar”
(Sl 13.3-4).
O salmista usou uma oração
com três partes (atente, responda, ilumine) para implorar a Deus. Ele buscou
uma resposta, preferivelmente a resposta positiva das bênçãos e do favor de
Deus. Depois, Davi apelou a Deus e a Sua reputação (v.4). Um comentarista
escreveu o seguinte: “Antes que venham mais problemas, e antes que os ímpios
tenham motivo para se regozijar por causa da derrota dos justos, Deus deve agir
para proteger Sua honra”.[5] Davi implorou a Deus, dizendo essencialmente: “Por
favor, dá-me motivos para me alegrar. Ou, pelo menos, não dês aos meus inimigos
(e aos Teus inimigos) motivos para se alegrarem”. Como Davi, devemos orar a Deus
em meio às circunstâncias difíceis e pedir que Ele nos responda.
O
Louvor
Depois que Davi expressou
seu problema e orou, ele louvou a Deus por Sua bondade e pelas bênçãos
passadas:
“No
tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação.
Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem”
(Sl 13.4-5).
Que grande contraste entre
o apelo emocionado de Davi a Deus no início (vv.1-2) comparado com estes
versículos tranqüilos de confiança. Davi verbalizou sua escolha intencional de
confiar em Deus a despeito de suas circunstâncias difíceis. Ele expressou sua
confiança no amor do Senhor, um amor que não falha – resolvendo se regozijar e
cantar ao Senhor porque Ele “me tem feito muito bem”.
Foi dito a respeito de
Davi: “Embora ele tenha passado por profundo desespero, o salmista não desiste.
(...) Ele se apegou à promessa da aliança de amor de Deus”.[6] Davi não estava
arrasado pelos seus problemas; em sua situação desafiadora, ele disse:
“Confio”. Martim Lutero certa vez declarou: “A esperança desespera, todavia, o
desespero dá esperança”.
É interessante que todos
os salmos de lamentação (com exceção do Salmo 88) terminam com louvor a Deus
pela libertação e fidelidade mostradas no passado. Claus Westermann descreveu o
final da situação de Davi: “Aquele que lamenta seus sofrimentos a Deus não
permanece em seu lamento”. Davi decididamente colocou sua confiança no cuidado
soberano de Deus, a despeito da falta de resposta de Deus. Ele determinou que
poria sua confiança naquilo que ele sabia que era verdade sobre o caráter e a
fidelidade de Deus em vez de ceder aos seus sentimentos de desânimo e
desilusão.
O Dr. Mark McGinniss
disse: “O silêncio de Deus não significa
a ausência de Deus”. Davi resolveu confiar que o Deus soberano a quem ele
servia estava agindo por detrás das cenas, a despeito de Sua aparente ausência.
Até quando, Senhor, eu
terei que viver com esta doença crônica? Até quando, Senhor, não trarás de
volta meu neto desobediente? Até quando, Senhor, terei que continuar
desempregado? Até quando, Senhor, não nos darás um filho? Quando nós, como
Davi, estamos enfrentando o que parece ser um silêncio sem respostas de Deus –
a chamada sem resposta à emergência, quando clamamos pelo Seu nome – devemos
seguir o exemplo de Davi: derramar diante de Deus os detalhes do problema;
orar, pedindo a Ele por uma resposta; e louvá-lO por quem Ele é, a despeito de
como nos sentimos em meio às nossas circunstâncias.
Deus tem um propósito para
todas as coisas, até para aquilo que parece ser o silêncio dEle. Todavia, Ele
promete que nunca nos deixará, nem nunca nos abandonará (Hb 13.5). Clamar pelo
nome do Senhor está apenas a uma chamada de emergência de distância.
(Paul Golden — Israel My Glory — Chamada.com.br)
Paul Golden é diretor de admissões no Seminário Bíblico
Batista em Clarks Summit, Pennsylvania/EUA.
Fonte: Chamada.com
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