por Jarbas Aragão
Grupos
radicais hindus na Índia estão tentando cumprir a promessa de eliminar o
cristianismo do país até o ano 2021.
Eles
querem transformar o país em uma “zona livre” de igrejas e templos de qualquer
outra religião. Liderados por Rajeshwar Singh, do Movimento Rashtriya
Swayamsevak Sangh (RSS), desde 2014 eles promovem práticas designadas como
“purificação religiosa”, e “reconversão”, sobretudo na região norte.
Seus
brutais ataques incluem o sequestro e tortura de hindus convertidos a Jesus, no
processo que eles chamam de reconversão. Igrejas são invadidas e colocam-se
imagens de deuses hindus, no altar, além de uma pira com o fogo sagrado hindu.
Depois, declara-se que a igreja e seus seguidores precisam de purificação, pois
“são imundos”. Conforme anunciado, eles tentam livrar primeiro o interior
rural, onde as autoridades são complacentes.
Anos
atrás, todos os cristãos da aldeia de Asroi foram forçados a fazer parte dessa
cerimônia e ameaçados de enfrentar terríveis consequências, caso não voltassem
ao hinduísmo. O local foi transformado, desde então, em um templo hindu.
Além
da violência explícita, o RSS vem usando outras “armas”. No início do ano,
republicou um livro intitulado “Cristo Parichay” [Cristo era hindu], escrito em
1946, por Ganesh Savarkar.
O
livro é uma grande especulação sobre a ligação dos ensinamentos de Jesus com
vedas indianos, recheados de uma série de invenções, que contradizem
diretamente a Bíblia.
Afirma
que o verdadeiro nome de Messias era “Keshao Krishna” e ele foi resgatado da
cruz por essênios, reanimando-o com plantas medicinais e levado para a região
da Caxemira, onde morreu de velhice muitos anos depois. Para eles, o
cristianismo é apenas uma seita do hinduísmo.
Mais
recentemente, o governo indiano está tentando tornar nacional uma lei
anticonversão, que já está em vigor em cinco dos estados da Índia. Ela cria uma
série de dificuldades para os que nascem em família hindu e posteriormente
abandonam a fé de seus pais.
Forçados a negar a Cristo
A
missão Portas Abertas está divulgando mais um caso bastante simbólico do que
passam os cristãos por causa desse movimento. Quando Neeraj [nome trocado por
questões de segurança] tornou-se cristão, passou a ser perseguido por líderes
religiosos na sua aldeia e até pelo seu próprio pai, que o agrediu.
Ele e mais dois cristãos
sofreram uma emboscada de um grupo de radicais hindus que o espancaram durante
quatro horas. Brandindo facas, diziam: “Se você negar sua fé em Jesus, poderá
ir para casa”. Neeraj recusou-se, dizendo: “Não, ele é o meu Senhor. Eu nunca
vou deixá-lo.”
No
dia seguinte, os três foram levados para a delegacia de polícia local, acusados
de tentar converter os hindus locais, algo que viola as leis anticonversão do
seu estado. Logo, uma multidão reuniu-se em frente à cadeia e exigiram sua
morte. Até os policiais passaram a ameaçá-los: “Vamos deixá-los nu e lhes dar
um tratamento com eletrochoques”.
Após
uma noite inteira de espancamentos e ameaças, os três cristãos concordaram em
abdicar de sua fé em Cristo. “Eu estava com tanto medo que eu decidi obedecer”,
confessa Neeraj.
Essa reconversão forçada
possibilitou que Neeraj voltasse para junto de sua esposa Ritu. Mas ele caiu em
si, chorando amargamente por ter decidido negar a Cristo. Decidiu fugir para
outra cidade e, apesar de ameaças de morte, voltou a professar o cristianismo.
“Não quero trair Jesus outra vez e por isso não posso voltar para minha
aldeia”, finaliza.
Segundo
a Portas Abertas, a Índia é o 17º país no ranking dos maiores perseguidores ao
cristianismo. Contudo, muitos casos ocorrem nas zonas rurais, onde não há
internet, por exemplo, o que significa que só são conhecidos – como o caso e
Neeraj – caso a pessoa vá para uma outra cidade. Com informações de Christian
Today
Fonte: Gospel Prime
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