O
aborto sempre foi um grande tabu em todas as sociedades. Ele sempre existiu,
porém, em nossa época os casos explodiram e cada vez mais são feitos abortos
por motivos mais fúteis.
Existem
países onde o aborto é amplamente legalizado e feito com o apoio da lei nos
casos mais absurdos possíveis, cabendo apenas à mãe decidir se quer ou não a
gravidez. Sabemos que existem questões graves sobre o aborto, como quando uma
mulher é estuprada e engravida, por exemplo. No entanto, creio que essas cinco
reflexões bíblicas nos ajudarão a ter uma ideia melhor a respeito do que Deus
pensa do aborto e de como podemos dizer não ao aborto, mesmo em situações
difíceis, com a certeza no coração de que Deus pode transformar situações
difíceis em situações de triunfo.
Reflexões bíblicas sobre o aborto
(1) Dizer sim ao aborto é negar que a graça triunfa
sobre a desgraça
Quase
sempre quando alguém pensa em um aborto, essa decisão tem como pano de fundo um
pecado (ou da própria pessoa ou de terceiros). Somente o fato de pensar em
tirar uma vida indefesa para resolver algum problema nosso ou que foi criado
por terceiros em nossa vida, já representa um pecado. A Bíblia nos ensina sobre
o poder soberano da graça de Deus sobre qualquer coisa que possa parecer maior
do que ela: “…mas onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Romanos 5:20).
Dizer sim ao aborto é negar que Deus possa curar quaisquer feridas através de
Sua soberana graça. É admitir que o pecado pode vencer. É não acolher a
superabundante graça de Deus de transformar as vidas e as situações!
(2) Dizer sim ao aborto é transgredir o mandamento de
Deus
Tanto
aqueles que aprovam o aborto quanto aqueles que o realizam quebram o sexto
mandamento: “Não matarás” (Êxodo 20:13). Deus deixou claro que a vida não pode
ser tirada por nós como num caso de aborto, e que não devemos, quando depender
de nós, nos omitir, participar de alguma forma ou facilitar que uma vida seja
tirada dessa forma. Quando cogitamos o aborto como uma solução para algum
problema ocorrido, planejamos um assassinato de uma vítima inocente, indefesa.
Damos condições para que o pecado triunfe sobre nós e nos jogue na lama da
desobediência a Deus.
(3) Dizer sim ao aborto é negar que a vida começa na
vontade de Deus
Muito
se discute a respeito de quando a vida humana começa. É no ato da concepção?
São algumas semanas depois? Os que defendem o aborto olham para um feto de
poucos dias ou semanas e não veem um ser humano, não enxergam ali uma vida. Mas
a Bíblia nos ensina que a vida começa na vontade de Deus: “Os teus olhos me
viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus
dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”
(Salmos 139:16). Quando a vida ainda é sem uma forma definida (informe), quando
nenhum dos dias dessa vida sequer existia, quando a vida ainda é o plano de
Deus se desenrolando, já é considerada por Deus uma vida a se desenrolar.
Portanto, a vida começa na vontade de Deus de que ela comece. Quando Deus
determina que ela comece somente Deus pode determinar que ela termine.
(4) Dizer sim ao aborto é desconsiderar que Deus odeia
as injustiças
São
várias as passagens que demonstram o extremo desagrado que Deus tem pelas
injustiças. Em uma delas, vemos que Deus é bastante severo: “A ira de Deus se
revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade
pela injustiça” (Romanos 1:18). Quando a verdade de que Deus odeia o aborto é
relativizada, quando se quebra o mandamento do Senhor matando uma vítima
inocente, quando se tenta criar meios de se fazer com que este erro seja um
erro de menor importância, quando se faz tudo isso se desagrada a Deus e se
atrai a ira do Senhor: “Da falsa acusação te afastarás; não matarás o inocente
e o justo, porque não justificarei o ímpio” (Êxodo 23:7). Deus odeia a
injustiça, principalmente quando cometida contra um inocente!
(5) Dizer sim ao aborto é conviver com o maior de
todos os traumas
Talvez
alguém pense que deixar uma gravidez indesejada prosseguir gerará um trauma,
gerará algo doloroso na vida da pessoa, pois ela não desejou aquela situação.
Essa é uma grande farsa! É verdade que a pessoa poderá sim ter traumas, no
entanto, não há maior trauma do que interromper uma vida e ter que conviver
pelo resto de seus dias com esse peso nas costas. O peso do pecado, o peso de
saber que uma vítima inocente foi tirada do mundo sem defesa, o peso de saber
que aquele que foi morto não teve qualquer culpa de nada, o peso de não saber que
a continuidade da gravidez poderia ter gerado um grande ser humano, alguém que,
como nós que já nascemos, deveria ter também a oportunidade de nascer! Esses
pesos são maiores do que qualquer alívio momentâneo de interromper uma
gravidez! Não há maior peso do que aquele gerado pela desobediência a Deus!
Fonte: Esboçando Ideias
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