O
ministério da Defesa de Israel anunciou esta semana que iniciará em breve a
construção de um muro subterrâneo de concreto ao redor da Faixa de Gaza.
A
medida visa neutralizar os túneis cavados pelo grupo terrorista Hamas, que
servem para conduzir jihadistas para dentro do território israelense.
A
possibilidade de se colocar um muro separando os dois territórios abaixo da
superfície começou a ser cogitada em 2014, quando a guerra entre Israel e o
Hamas revelou a vulnerabilidade da fronteira.
Chamado
de Projeto Obstáculo, o muro terá 65 quilômetros, indo desde o Mar Mediterrâneo
no norte da Faixa até a passagem de Kerem Shalom, no sul, na fronteira de
Israel, Gaza e Egito. O prazo previsto para sua conclusão é de dois anos.
Os
trabalhos experimentais começaram há alguns meses em um trecho fronteiriço, com
algumas centenas de metros. O objetivo era verificar sua viabilidade e
eficácia. Em toda a sua extensão será dotado de sensores eletrônicos que
detectam qualquer tentativa de perfuração.
Nos
próximos meses, os trabalhos de construção serão iniciados de forma simultânea
em 40 pontos diferentes. O custo total estimado é de US$ 810 milhões.
Em
alguns trechos, o muro de concreto será elevado também acima da superfície,
onde hoje está uma cerca eletrônica que comprovadamente não oferece segurança
suficiente à população que vive no entorno da Faixa.
O
comentarista militar Yossi Yehoshua acredita que o Hamas pode reagir com
ataques à possibilidade de ver neutralizada sua principal arma estratégica
contra Israel, uma vez que o muro interromperia as suas rotas de ataque mais
importantes.
Emboscadas e explosões
Durante
o conflito de 2014, pelo menos 20 soldados israelenses morreram em emboscadas
de soldados do Hamas que cruzaram a fronteira por baixo da terra pelos “túneis
ofensivos”. Eles surpreenderam as linhas israelenses pelas costas.
O
ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, garantiu ontem que essas
estruturas ofensivas são “muito menos de 15”, fazendo uma referência aos
sucessivos bombardeios das Forças de Defesa de Israel nessas estruturas, que
voltaram a ser cavadas por palestinos em outros pontos. Com informações de Times of Israel e Alray.
Por Jarbas Aragão
Fonte: Gospel Prime
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