Faleceu nesta quinta-feira (6), o pastor Elben
Magalhães Lenz César. Vítima de parada cardíaca, ele estava internado havia um
mês no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte, MG.
Aos 86 anos o “Reve” como era chamado pelos
amigos, deixou a esposa Djanira César, cinco filhas, dez netos e quatro
bisnetos.
A nota oficial publicada no site da revista
Ultimato comunica que o culto de gratidão por sua vida será realizado na Igreja
Presbiteriana de Viçosa, nesta sexta-feira (7) e o sepultamento acontecerá no
Cemitério Colina da Saudade, em Viçosa, MG.
Elben dedicou sua vida a pregação do evangelho,
tanto no púlpito – como pastor presbiteriano – quanto através da literatura,
escrevendo livros e editando o jornal Ultimato, que se tornaria mais tarde uma
das revistas evangélicas mais influentes do país.
Ele foi missionário presbiteriano, primeiramente
em Porto Alegre (RS), mas dedicou a maior parte de sua vida a plantar igrejas
em regiões de Minas Gerais onde sempre predominou o catolicismo. Trabalhou em
Ubá e Barbacena, mas fixou residência em Viçosa.
Além da Ultimato, lançada em 1968, ele também foi
o idealizador do Centro Evangélico de Missões (CEM) e da Rebusca, ministério de
Ação Social Evangélica, ambos sediados em Viçosa.
Entusiasta
da obra missionária, presidiu a Associação de Missões do Terceiro Mundo e
sempre participou como preletor em eventos do gênero, como os Congressos
Brasileiros de Evangelização. Escreveu livros sobre o assunto, como História da
evangelização no Brasil, além de biografias de Lutero e Ashbel Green Simonton,
o primeiro missionário presbiteriano do país.
Era mais conhecido pelo seu material devocional,
que foram o cerne da revista Ultimato por décadas, e mais tarde compilados em
forma de livro. Tendo viajado pelo mundo em experiências missionárias, as
relatava na terceira pessoas, assinando “Mineiro com Cara de Matuto”.
Analista crítico da igreja brasileira, Elben foi
um dos principais divulgadores da Teologia da Missão Integral no país. Os
livros publicados pela Editora Ultimato e os artigos dos colabores da revista
sempre geraram reflexão nos leitores.
Não há dúvidas que foi um dos teólogos mais influentes do país.
Acusado de ser “ecumênico” por defender o diálogo
aberto com o catolicismo, sempre deixou claro que “nunca assumi o compromisso
de deixar de lado as coisas que nos separam dos católicos e de enfatizar apenas
as que nos aproximam deles. Prezo muito a liberdade tanto de admirar e propagar
as coisas bonitas que eles fazem como de continuar a criticar o que julgo
diferente do ensino bíblico, tanto lá como em nosso meio”.
Por:
Jarbas Aragão
Fonte:
Gospel Prime
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