Por: Tiago Chagas
O governo comunista da China vem sendo acusado de cercear a liberdade religiosa de cristãos e muçulmanos uigures, e agora, um relato de um ex-detento do regime indica que há uma tentativa de fazer lavagem cerebral nos seguidores de Jesus.
Um homem, identificado pelo
pseudônimo Li Yuese, relatou à rádio Free Asia na última semana que os cristãos
que vão parar no sistema prisional chinês por qualquer que seja o motivo são
mantidos em “instalações de transformação” móveis.
Yuese contou ter sido espancado
em uma sala sem janelas por quase 10 meses, após ter sido detido durante uma
blitz das autoridades do Partido Comunista Chinês em sua igreja doméstica, em
2018.
“Não havia janelas, nem
ventilação nem tempo do lado de fora. Eu recebia apenas duas refeições por dia,
que eram levadas ao quarto por uma pessoa designada”, contou ele, acrescentando
que as autoridades “ameaçam, insultam e intimidam você”.
“Eram funcionários da Frente Unida, homens, mulheres, às vezes não identificados, geralmente à paisana. A polícia faz vista grossa para isso”, detalhou Yuese, conforme informações da Fox News.
Lavagem cerebral
“Você tem que aceitar a
declaração que eles prepararam para você”: Li Yuese contou ainda que o
sofrimento só acaba quando os carrascos notam que a pessoa está rendida: “Se
você se recusar, será visto como tendo uma atitude ruim e eles vão mantê-lo
detido e continuar batendo em você”.
Alguns de seus colegas
presidiários foram libertados sob fiança e participaram de atividades
relacionadas à igreja. A repressão afetou protestantes e católicos, com padres
desaparecendo por “cinco, seis, até dez anos seguidos”, contou Yuese.
O relatório da semana passada foi apenas o mais recente a lançar luz sobre supostos abusos cometidos por autoridades chinesas. Há pouco tempo, uma reportagem da BBC sobre os muçulmanos uigures trouxe relatos de supostos ex-detentos que alegaram abusos horríveis, como mulheres estupradas com instrumentos de eletrocussão.
Fonte: Gospel +
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