“Suba a minha oração perante a tua face como o incenso” (Salmos 141.2).
Em toda a Escritura o incenso é usado como símbolo de oração. No templo o incenso se acendia através de brasas de carvão tiradas do altar do sacrifício que ficava no átrio exterior. Cada manhã e cada tarde o sacerdote oficiante, depois de oferecer os sacrifícios, trazia brasas vivas do altar para o Lugar Santo e as colocava sobre o altar do incenso.
Sobre estas brasas ele lançava incenso e aquela nuvem de cheiro agradável que subia ao céu era uma figura da alma que sobe a Deus em oração, e nos ensina que a oração, na sua essência, é a elevação da alma, a aproximação de uma vida a Deus.
O maior componente da oração não é a petição, mas a aspiração. É impossível a qualquer alma aproximar-se de Deus e ao mesmo tempo tolerar o pecado consciente ou a impiedade na sua vida. Alma nenhuma pode se sentir à vontade na presença de Deus enquanto há disparidade consciente entre ela e Deus. No próprio processo de se achegar a Deus, a alma instintivamente procura a purificação de todas as faltas e falhas cometidas.
Quanto mais perto uma alma chega de Deus, mais consciente ela se torna da escória do seu próprio caráter, e maior será o seu desejo de purificação. Qualquer pecado conhecido ou falha ou defeito não confessado automaticamente impede uma melhor aproximação de Deus, e bloqueia o acesso ao trono de graça e de misericórdia.
A oração é mais do que petição. É o esforço honesto do solicitante para expurgar da sua vida todas as coisas que o separariam de Deus. Este é o lugar de poder na oração. É a vida que ora, e não somente os lábios.
Muitos dos filhos de Deus estão com suas orações impedidas por causa de comunhão quebrada com alguém que precisa ser restaurada, ou por alguma obrigação não cumprida com a qual não foram muito responsáveis, ou ainda por algum outro tipo de ajustamento que foi negligenciado. Estas pessoas poderiam orar mais efetivamente se fizessem consertos em todas as coisas da sua vida que são contrárias ao Espírito Santo, muito mais do que se gastassem horas e horas nos seus joelhos sem corrigir as suas vidas.
Por: Paul Billheimer
Fonte: O Arauto da Sua Vinda
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