Por: André
Sanchez
Série
Virtudes (Artigo 8)
“abençoai os
que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.” (Rm 12. 14)
Humanamente falando não há nada mais gostoso que ver os
nossos inimigos se dando mal. Dar o troco a eles, ignorá-los, prejudicá-los,
falar mal deles, devolver aquilo que nos fizeram com juros. Essa é uma atitude
comum e quase instintiva de todos nós.
A nossa forma lógica de pensar nos aponta que se alguém nos
prejudica de alguma forma, deverá sofrer por isso, e, se possível, que possamos
sentir o doce gostinho da vingança em ação. Queremos rir, saborear a desgraça
do inimigo que nos fez mal.
Por isso, talvez uma das virtudes mais difíceis de ser
praticada em todos os tempos seja a virtude de abençoar os inimigos. Muitos,
mesmo sendo cristãos, parecem querer ignorar os vários versículos da Bíblia que
falam sobre o tema, julgando ser algo impossível de se seguir.
Jesus abordou com profundidade o tema quando disse: “Amem os
seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mt 5. 44 – NVI).Somente
esta parte do texto já demonstra uma ordem clara e que deve ser cumprida.
No entanto, Jesus aprofunda ainda mais o argumento para o
mandamento: “Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até
os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que
estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso!” (Mt 5:46-47 – NVI)
Fica claro que Deus deseja uma postura diferenciada da nossa
parte com relação aos inimigos que temos. Jesus não deseja de nós uma postura
igual a da maioria, mas uma postura que se destaque da maioria como
diferenciada.
Não está escrito que seria uma postura fácil, mas está
escrito que devemos tê-la. Sabemos que o
amor é muito mais atitude que sentimento. Amar os inimigos seria algo
impossível? Creio que não! Difícil sim, impossível não. Precisamos aprender a
exercitar este tipo de amor em nossas vidas para com os nossos perseguidores,
não porque seja gostoso, (pois não é), mas porque é a vontade de Deus.
Jesus pôs essa postura em prática no momento exato em que
disse àqueles que estavam zombando Dele, que haviam cuspido Nele, batido Nele,
desafiado a Sua autoridade (os seus inimigos naquele momento): “Pai,
perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23. 34 – NVI).Jesus os
amou e orou por eles, cumprindo a sua própria ordem dada a nós e mostrando que
é possível, mesmo quando estava pendurado em uma cruz, sangrando e sendo
hostilizado, ter uma postura que agrada a Deus.
Isso nos faz pensar em como temos tratado a questão dos
nossos inimigos. Que atitudes você tem tido com relação a eles?
Fonte: Esboçando Idéias
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