Por: Asher Intrater
Algumas horas antes dos
ataques recentes em Paris, um terrorista palestino atirou e matou dois membros
da família Litman, que estavam viajando de carro próximo a Hebrom.
Tragicamente, uma
ambulância “Vermelho Crescente” [da Autoridade Palestina] veio até o carro
enquanto a família estava sangrando, mas se recusou a parar e ajudá-los.
Não tem nenhuma diferença
entre atos terroristas contra os franceses e contra os judeus. As vítimas de
terror e assassinato nunca devem ser culpadas pelos ataques – os terroristas é
que são. Israel não tem mais culpa do que a França ou a Rússia. Nós nos
entristecemos com compaixão por todas as vítimas – sejam elas árabes,
africanas, russas, francesas ou israelenses.
O primeiro-ministro
Netanyahu tem alertado constantemente as nações europeias do perigo do
terrorismo. Os recentes ataques aos russos e franceses devem nos lembrar que as
condições sócio-econômicas precárias dos imigrantes muçulmanos na Europa ou dos
palestinos na Cisjordânia jamais podem justificar o terror e o assassinato. Não
há “equivalência moral” entre as duas coisas.
O primeiro passo na luta
contra o extremismo islâmico exige uma mudança de “conceito”, uma consciência
de que o problema existe e daquilo que o está causando. Os franceses enviaram
aviões para bombardear o norte do Iraque e da Síria; mas os ataques terroristas
foram planejados no sul de Bruxelas e em Paris. Um comentarista israelense fez
a seguinte observação: “se você cria cobras no quintal, não se surpreenda se um
dia elas entrarem na sua sala para picá-lo”.
As forças de segurança de
Paris demoraram aproximadamente uma hora e meia para chegar ao local dos
ataques. Essa demora revela uma total falta de preparação para lidar com tais
ataques, o que, por sua vez, aponta para uma falsa noção dentro do governo
francês quanto à própria natureza do perigo.
Jihad
– guerra contra os não muçulmanos
De certa forma, o termo
“terrorista” está ultrapassado. Eles são jihadistas. Fazem parte de um esquema
apocalíptico do extremismo islâmico para matar judeus, cristãos e todos os
“blasfemos”, para destruir a civilização ocidental e conquistar o mundo.
O ataque em Paris foi bem
planejado e coordenado. Foi necessário envolver dezenas de pessoas para a
aquisição de armas, transporte, comunicação, financiamento e mapeamento. Essas
pessoas não são psicóticos dementes. São jihadistas bem doutrinados (ou que
passaram por lavagem cerebral).
Já que esses ataques
jihadistas envolvem uma infraestrutura substancial, essas infraestruturas podem
ser combatidas e, com isso, seria possível pelo menos limitar os efeitos do
terrorismo. O jovem que atacou a família Litman já foi preso. Como? O pai do
garoto o denunciou à polícia, porque ele sabe que a lei israelense permite a
destruição das casas de terroristas condenados como uma forma de detê-los.
Neste caso, essa medida ajudou a prender o terrorista.
Alguns comentaristas
descreveram esse ataque como um choque entre a civilização ocidental
(representando a vida) e a cultura islâmica (representando a morte). Isso é
apenas parcialmente verdadeiro. Também houve uma grande erosão dos valores
judaico-cristãos na cultura ocidental, resultando em decadência, corrupção,
drogas, perversão sexual e o “politicamente correto”. Nós, por outro lado,
buscamos promover valores bíblicos de integridade e fidelidade em toda a
sociedade; seja na família, nos negócios, na educação ou no governo.
As
trevas não prevalecem contra a luz
Devemos buscar a justiça e
a retidão (Deuteronômio 16.18-20) e escolher a vida ao invés da morte, o bem e
não o mal (Deuteronômio 30.15, 19). Embora o nosso chamado seja certamente para
combater o mal em todas as suas formas, também temos uma mensagem positiva para
apresentar ao mundo.
Isaías
60.1-3: “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR
nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os
povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre
ti. As nações se encaminham para a tua luz…”
Esses versículos estão
começando a se cumprir em nossos dias. Não é um texto sobre o “reino milenar”,
pois ele afirma que as trevas estão cobrindo o mundo. A palavra para “trevas” חושך
parece representar o mal, enquanto a palavra “escuridão” ערפל
parece representar confusão. Isso é bem apropriado para representar o mundo em
que vivemos.
Yeshua (Jesus) ensinou que
os dias que antecedem o seu retorno seriam semelhantes aos tempos de Noé e de
Ló (Lucas 17.26-30). Já estamos vendo pecados parecidos tanto de violência como
de decadência se espalhando ao redor do mundo.
Mas é exatamente nessa
hora que o povo de Deus deve “brilhar” com glória e luz. O mal que há no mundo
obrigará muitos judeus e cristãos a se unirem. A glória do Senhor brilhará
sobre essa unidade entre Israel e a Igreja.
É bem possível que o Islã
radical conquiste a Europa e destrua a civilização ocidental (Apocalipse 13.7,
17.16). Contudo, ao mesmo tempo, milhões de muçulmanos, judeus, cristãos e
pessoas de todas as nações se voltarão à verdadeira fé.
Não há poder no mundo que
possa mudar o coração dos seres humanos do mal para o bem a não ser a morte e a
ressurreição de Yeshua. Temos uma mensagem de esperança e luz num mundo cheio
de aflição e escuridão. Este é o momento para o povo de Deus brilhar com a
glória de Deus. A luz brilhará nas trevas, e as trevas não prevalecerão contra
ela (Gênesis 1.3-4; João 1.5, 9).
Fonte: Revista Impacto
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