Um método poderoso
O sétimo mito
é que, desde que eu esteja orando, meus métodos serão efetivos. Já estive em
reuniões de oração em que o líder começava dizendo: “Cada um pode orar conforme
sentir orientado por Deus”. Isso parte do pressuposto de que as pessoas em
geral sabem o que é ser guiado pelo Espírito Santo.
A verdade é
que precisamos aprender e aperfeiçoar uma forma bíblica de conduzir as pessoas
em oração. O princípio chave é que a
oração precisa ser alimentada pelas Escrituras, baseada em adoração e guiada
pelo Espírito.
Sendo assim,
quando nos reunimos para orar, a primeira coisa que o dirigente deve dizer não
é: “Alguém tem um pedido de oração?”, mas: “Vamos abrir as Bíblias. Deixemos a
Palavra de Deus moldar nossas orações hoje”.
Uma sequência
poderosa para seguir é o padrão 4/4: para cima, para baixo, para dentro, para
fora. Pode ser facilmente exemplificada pela oração do Pai nosso, que começa
com o movimento para cima: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o
teu nome” (Mt 6.9). A ideia central é reverência. Numa reunião de oração, a
primeira coisa que devemos fazer é abrir a Bíblia, ler uma passagem e
perguntar: “O que este texto nos diz sobre Deus e seu caráter?” Podemos
interagir com outras pessoas sobre essas verdades e, depois, passar um tempo
sem pedir nada para Deus, mas simplesmente refletir sobre a passagem, adorando
a ele e oferecendo o que ele realmente merece.
O segundo
passo, movimento para baixo, é uma resposta ao primeiro. Como podemos não
responder? Adoração é a resposta de todo o meu ser à revelação de tudo
o que ele é. Nas palavras da oração de Jesus, esse movimento é: “Venha o teu
reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (v. 10). A ideia aqui
é de entrega, esvaziamento de si mesmo e rendição. Começamos a orar de acordo com a agenda de Deus e não com a nossa.
Precisamos desesperadamente que o Espírito Santo nos mostre como fazer isso.
Precisamos que ele governe e controle nossa mente e pensamentos de tal forma
que oremos de fato segundo a vontade dele. Não saberemos como orar enquanto não
tivermos adorado de verdade e nos rendido a ele. Enquanto adoramos, estamos
alinhando o nosso coração com o dele.
Em seguida,
vem o movimento para dentro, em que levamos nossos pedidos ao Senhor. Existem
duas categorias de pedidos. A primeira envolve recursos: “o pão nosso de cada
dia dá-nos hoje” (v.11). Recursos são as coisas que precisamos tais como um
emprego, um carro, sustento para missionários, força para alguém que passou por
uma cirurgia, etc. A segunda categoria é relacionamentos: “e perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (v.12).
Todos os pedidos de oração podem ser classificados em uma dessas duas
categorias.
O último movimento
na oração-modelo é para fora, e traz a ideia de prontidão. “E não nos deixes
cair em tentação; mas livra-nos do mal” (v.13). É o momento para se preparar
para a batalha. “Senhor, não vou conseguir vencer essa batalha, mas tu tens os
recursos para me dar a vitória.” A melhor maneira de estar pronto para lutar é
se armar com a Palavra de Deus, a Espada do Espírito. Você pode tomar posse de
uma promessa do mesmo texto que acabou de usar para guiar suas orações.
Termine no
mesmo lugar em que iniciou, com um movimento em direção ao alto. “Pois teu é o
reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (v.13). O verdadeiro objetivo da oração é a glória de Deus. Termine seu tempo
de oração em adoração.
Por:
Daniel Henderson
Fonte:
O Arauto da Sua Vinda
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