"Tudo
foi ao chão. A igreja foi demolida pouco antes das três horas da tarde, disse o
líder cristão Torang Simanjuntak ao Jakarta Post”.
Apesar dos
protestos de cristãos, funcionários do governo local em Bekasi (Indonésia) demoliram uma igreja
protestante após a congregação ter sido proibida, na semana anterior, de
realizar cultos em seu prédio. Funcionários citaram a falta de uma
"licença de construção", exigida por lei. Na realidade, muitas
igrejas operam sem estas licenças, que são quase impossíveis de se obter.
Justamente por esse motivo, grupos islâmicos radicais usam a legislação como
pretexto para exigir o fechamento de igrejas cristãs. As poucas igrejas que
obtiveram a licença, só conseguiram após pagar grandes somas ao governo.
Membros da
congregação compareceram ao local na manhã de quinta-feira, na tentativa de
impedir a demolição da igreja. Quando agentes da ordem pública chegaram, os
cristãos realizavam um culto de oração, esperando que a demolição não
acontecesse.
Uma
escavadeira avançou de encontro ao prédio às onze horas da manhã. Membros da
igreja choravam, enquanto alguns tentaram impedir que o trator se aproximasse.
Quando as paredes da igreja começaram a cair, muitos cristãos ainda não podiam
acreditar no que estavam vendo. Conversaram com os oficiais, pedindo-lhes para
cancelar a demolição, mas não obtiveram nenhum sucesso.
Vários
policiais de Bekasi foram mobilizados a fim de acalmar os membros da
congregação. Anciãos da igreja também tentaram pacificar o processo.
Simanjuntak afirmou que a demolição foi ilegal. "O governador de Bekasi
deveria ter nos dado a ordem de demolição primeiro, nós nunca recebemos
qualquer carta alertando sobre isso", disse ele.
A igreja
tem lutado para obter uma licença de construção, já que foi construída em 1999
e a lei passou a valer em 2006. "Em breve, vamos abrir um processo contra
a administração política de Bekasi", informou Torang, acrescentando que os
cristãos ainda mantêm seus cultos, perto da igreja demolida.
Font: Missão Portas Abertas
Fonte: The Jakarta Post
Tradução: Ana Luíza Vastag
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