Pudesse o
livro-mestre do Céu ser aberto diante de nós, e ficaríamos grandemente
surpreendidos com a grande proporção de cristãos professos que não contribuem
realmente em nada para a edificação do reino de Cristo, que não desenvolvem
nenhum esforço para a salvação de pessoas.
Tais pessoas são
servos negligentes. Muitos dos que Se acham satisfeitos com não fazerem muito
bem, lisonjeiam-se de não estar causando nenhum dano enquanto não se opõem aos
obreiros sinceros e diligentes. Essa classe, todavia, está ocasionando muito
mal por seu exemplo.
Servo negligente não foi condenado pelo
que fizera, mas pelo que deixara de fazer. Não há mais perigoso inimigo para a
causa de Deus do que um cristão indolente. Um profano declarado causa menos
mal; pois não ilude a ninguém, parece o que é, um cardo, um espinho. Os que
nada fazem são maior obstáculo. Os que não aceitam encargos, que se esquivam a
responsabilidades menos aprazíveis, são os primeiros a serem apanhados nas
malhas de Satanás, os primeiros a emprestar sua influência a uma orientação
errada.
Vigiai, orai e trabalhai — tal é a senha do cristão. Ninguém se escuse do
trabalho pela salvação das pessoas. Ninguém se iluda crendo que coisa alguma é
deles requerida. Não se exige menos de quem quer que seja do que o que foi
esperado do servo que possuía um só talento.
Há trabalho a ser feito para Cristo em
nossa família, na vizinhança, em toda parte. Pela bondade para com os pobres,
os enfermos, ou os que foram privados de queridos, podemos obter certa
influência sobre eles, de modo que a verdade divina lhes encontre acesso no
coração. Acham-se em toda parte oportunidades
para ser útil. Todos quantos se acham possuídos do Espírito de Cristo
demonstrar-se-ão ramos frutíferos da Videira viva.
Cabe-nos preparar o registro que desejamos encontrar no além.
Quereríamos que suas páginas se enchessem com a história de diligente esforço
em prol de Deus e da humanidade? Sigamos as pegadas dAquele que declarou:
“Convém que Eu faça as obras dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite
vem, quando ninguém pode trabalhar”. João 9:4.
Autora: Ellen G.
White, Nossa Alta Vocação, pág. 299.
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