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A Graça de Deus

            “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Efésios 2:8).
            “Fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1 Coríntios 6:20).

            Poucas coisas são tão mal entendidas quanto a graça de Deus. A graça não é uma forma de indulgência que Deus usa para ignorar “pecadinhos sem importância”. Nem é o reconhecimento divino de nossas tentativas de agradá-Lo, ou como alguns dizem: “Faça o seu melhor e deixe Deus fazer o resto”. Por fim, a graça não é como certas pessoas presumem uma justificativa para o pecado; ela condena o pecado.
            A graça de Deus é um conceito-chave da Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Deus é “o Deus de toda a graça” (1 Pedro 5:10). Paulo mencionou em sua despedida aos crentes de Éfeso o “evangelho da graça de Deus” (Atos 20:24).
            A graça é uma característica do próprio Deus. Significa que em Seu amor Ele demonstrou um favor imerecido para com os pecadores. Portanto, está disponível a nós, “porque todos pecaram” (Romanos 3:23). Ela não se restringe a declarar o culpado livre; a graça de Deus dá e enriquece.
            Qual é o custo da graça? Para Deus isso teve um preço incalculável. Ele “nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós” (Romanos 8:32), para expiar nossos pecados. No entanto, para nós ela não tem custo algum. Não podemos fazer nada para merecer ou conquistar o favor divino. Temos de aceitá-la pela fé simplesmente como um presente.
            “Ah, isso é muito simples”, assim pensa a maioria. E é mesmo. Além disso, seria uma afronta tentar pagar por algo que Deus já nos deu gratui­tamente. E isso também revela um aspecto da graça: temos de desistir de nossa ambição de satisfazer Deus e crer na obra que o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, fez na cruz do Calvário.

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