Autor:
T. A. McMahon
A
prática diligente do discernimento
Batalhar
pela fé requer a prática diligente do discernimento. Em Hebreus 5.13-14 está
dito:"Ora, todo aquele que se
alimenta de leite, é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas
o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as
suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o
mal."
O "leite" e o
"alimento sólido" desses versículos são metáforas que se referem ao
crescimento espiritual; limitar-nos a uma dieta e a atitudes de crianças espirituais
inibe nosso desenvolvimento espiritual. Entretanto, os que exercitam suas
faculdades pelo estudo da Palavra de Deus crescerão em discernimento, não
continuando "meninos, agitados de
um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela
artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro" (Ef 4.14).
A
disposição de aceitar correção
Batalhar
diligentemente pela fé exige que tenhamos a disposição de aceitar correção.
Corrigir, entretanto, não é um procedimento "psicologicamente
correto" em nossos dias, tanto no mundo quanto na Igreja. A correção é considerada uma ameaça à
auto-imagem positiva por muitos que promovem a teologia humanista da
auto-estima. É incrível como tal mentalidade mundana influenciou fortemente
aqueles que deveriam ser separados do mundo e cujos pensamentos deveriam
refletir a mente de Cristo. Mesmo uma pesquisa superficial da Bíblia revela
exemplos e mais exemplos de correção, que atualmente seriam vistos como
potencialmente destrutivos do bem-estar psicológico das pessoas! Será que a
"auto-estima" de Pedro foi psicologicamente danificada e tanto sua
auto-imagem como a imagem do seu ministério foram irreparavelmente prejudicadas
pela correção pública de Paulo? Foi o ministério de Pedro considerado acabado
pela maioria da igreja primitiva porque Paulo não foi suficientemente sensível
(ou, bíblico – deixando supostamente de considerar Mateus 18) para ter um
encontro particular com Pedro? Não é essa a maneira como muitos na Igreja vêem
as coisas atualmente? E o que dizer do trauma sentido pelo ego dos publicamente
corrigidos: Barnabé (Gl 2.13), Alexandre (2 Tm 4.14-15), Figelo e Hermógenes (2
Tm 1.15), Himeneu e Fileto (2 Tm 2.17-18), Demas (2 Tm 4.10), Diótrefes (3 Jo
9-10) e outros?
A correção
é essencial para a vida de todo cristão. Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo
orientou seu jovem discípulo a respeito do valor das Escrituras para a correção
(como também para a repreensão!), "a
fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra" (2 Tm 3.16-17). A correção tem que começar em casa, isto é,
deve haver a disposição não somente de sermos corrigidos por outros, mas também
o desejo de corrigirmos a nós mesmos. A admoestação "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé" (2
Co 13.5) não pede uma avaliação pública; ela requer que analisemos a nós mesmos
e então façamos o que for necessário para colocar as coisas em ordem diante do
Senhor. Sem a disposição de considerar a possibilidade de uma "trave"
em nosso próprio olho, a hipocrisia dominará em qualquer correção a outra
pessoa.
Fonte: Chamada.com.br
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