Existe um ditado que tenho ouvido no
meio de cristãos sedentos por Deus: “Avivamentos são gerados depois da
meia-noite”. É um daqueles provérbios que, embora não possa ser aplicado
literalmente, certamente aponta para uma verdade muito importante.
Se interpretarmos a frase para
significar que Deus não ouve as orações por avivamento que forem feitas durante
o dia, é claro que está errada. Ou se entendermos que as orações oferecidas
quando estamos cansados e esgotados possuem mais poder do que aquelas que
fazemos quando estamos descansados e dispostos, também será uma conclusão
errada. Deus teria de ser muito severo para querer que nossa oração se tornasse
uma penitência, ou muito cruel para ter prazer em nos ver castigar a nós mesmos
pela intercessão.
Contudo, existe uma boa medida de
verdade no conceito de que avivamentos são gerados depois da meia-noite, pois
todos os dons e graças espirituais somente são concedidos a quem os deseja
intensamente.
Podemos afirmar, sem ter de fazer
qualificação alguma, que cada um de nós é tão santo e cheio do Espírito quanto
realmente quer. Pode não estar tão cheio quanto gostaria, mas certamente está
tão cheio quanto sua vontade o impulsionou a buscar.
Nosso Senhor deixou essa verdade
acima de qualquer discussão quando afirmou: “Bem-aventurados os que têm fome e
sede de justiça, porque serão fartos” (Mt 5.6). Fome e sede são sensações
físicas que, quando atingem estágios agudos, podem se tornar uma dor muito
forte. Incontáveis seguidores de Deus já tiveram essa experiência: quando seus
desejos se transformaram em dor, eram repentina e maravilhosamente cheios e
saciados. O problema não é persuadir
Deus a nos encher, mas querer Deus a ponto de permitir que ele nos encha!
Autor: A. W. Tozer
Fonte: O Arauto da Sua Vinda
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