Saber
quando evitar confrontos
Autor: T. A. McMahon
Batalhar
pela fé também requer que saibamos quando evitar confrontos. O capítulo 14 de
Romanos trata de assuntos em que a argumentação se transforma em contenda.
Paulo
fala de situações em que crentes imaturos criavam polêmicas em torno de coisas
que não tinham importância. Alguns estavam provocando divisões por discutirem
quais alimentos podiam ser comidos ou não, ou quais dias deviam ser guardados
ou não. Natesses casos, o conselho da Escritura é: há certas coisas que não
devemos julgar, pois se trata de questões sem importância, que não negam a fé,
e são assuntos a serem decididos pela própria consciência (v. 5). Somente o
Senhor pode julgar o coração e a mente de alguém no que se refere a tais
assuntos.
Quando
Jesus discutiu os sinais dos últimos tempos com Seus discípulos no Monte das
Oliveiras (Mt 24), o primeiro sinal que Ele citou foi o engano religioso. Sua
extensão atual não tem precedentes na História. Somente esse fato deveria
tornar nosso interesse em batalhar diligentemente pela fé uma das maiores
preocupações. Isso também significa que há tantos desvios da fé (1 Tm 4.1) a
serem considerados, que poderá ser necessário estabelecer prioridades pelo que e
quando vamos batalhar. No que se refere ao nosso próprio andar com o Senhor,
devemos examinar qualquer coisa em desacordo com as Escrituras, fazendo as
necessárias correções. Entretanto, quando se trata de ensinos e práticas
biblicamente questionáveis, sendo aceitas e promovidas por outros, o
discernimento pode também incluir a necessidade de decidir quando e como tratar
deles. Atualmente, não é incomum ser erradamente considerado (ou, de fato,
merecer a reputação) como alguém que "acha erros em tudo"; de modo
que a busca da sabedoria e orientação do Senhor é sempre essencial para que
nosso batalhar seja recebido de forma frutífera.
Não
devemos coagir ninguém
Finalmente,
batalhar diligentemente pela fé não é coagir. Muito freqüentemente esquecemos
que recebemos nossa vida eterna em Cristo como dádiva gratuita, uma dádiva do
insondável amor de Deus que deve ser oferecida aos outros em amor. O amor é
destruído pela coação. Se bem que nossa intenção pode não ser impor questões de
fé aos outros, é importante verificar regularmente nossos motivos e métodos. O
batalhar diligentemente pela fé deve ser realizado como uma oferta de amor.
Temos que lembrar que somos meramente canais de tal amor e que, se quisermos
que ocorra alguma mudança no coração, ela será realizada através da graça de
Deus, a única que garante o arrependimento (2 Tm 2.25-26).
Atos
20.27-31 contém alguns pensamentos que atualmente muitos iriam considerar como
desproporcionais na batalha por "todo o desígnio de Deus". Mas,
trata-se das palavras de Deus, comunicadas apaixonadamente pelo apóstolo Paulo
aos membros da igreja de Éfeso e a nós: "Atendei por vós e por todo o
rebanho... Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos
vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão
homens falando cousas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.
Portanto, vigiai, lembrando-vos de que por três anos, noite e dia, não cessei
de admoestar, com lágrimas, a cada um."
Nestes
"difíceis" tempos finais (2 Tm 3.1), ore para que todos nós, como
Paulo, demonstremos apaixonada preocupação pelo bem-estar espiritual dos nossos
irmãos e irmãs em Cristo e pela pureza do Evangelho essencial para a salvação
das almas (T. A. McMahon - TBC - http://www.chamada.com.br).
Fonte: Chamada.com.br
Links: Batalhando Pela Fé (Parte I)
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