Por André Sanchez
Existem
duas situações que já vi acontecer muito e que tem feito parte da vida de
muitas pessoas:
Na primeira situação, a pessoa está
participando da igreja, mas no meio desta caminhada aparece uma contrariedade,
uma adversidade, um problemão ou coisa parecida. Pronto! Já é motivo suficiente
para se revoltar e sair da igreja. Ninguém mais serve naquela igreja. Deus não
atua mais ali. O pastor e os “irmãos” viram monstros cheios de defeitos e por
aí vai…
A segunda situação é de uma pessoa que
está no mundão vivendo a sua vidinha sem Deus. Num passe de mágica aparecem
contrariedades, adversidades, problemas ou coisas parecidas. Pronto! “Só Deus
pode me dar a bênção para resolver meus problemas. Vou procurar uma igreja, vou
atrás do meu milagre.”
As duas situações nos apontam um perfil de
pessoas que estão dentro e fora das igrejas na atualidade: As pessoas
interesseiras.
O primeiro grupo está dentro da igreja
esperando que Deus lhes dê coisas que eles querem, que satisfaça seus desejos
e, principalmente, que Deus tire de suas vidas as dificuldades.
O segundo grupo está fora da igreja,
mas chegando até eles os problemas e as dificuldades que tem soluções difíceis,
logo tentam grudar em Deus [e nos líderes milagreiros] na busca de soluções, de
unções, de milagres [e mais nada].
Alguns líderes tem colaborado
grandemente com esse comportamento dos dois grupos, principalmente os que
pregam a teologia da prosperidade. Teologia, que transforma problemas em
maldições e Deus em empregado das pessoas. Prega a riqueza como sinal máximo da
bênção de Deus e que as pessoas devem procurar líderes “poderosos” para, através
deles, receber milagres e soluções.
Ambas as posturas nos mostram que
existe um preço que as pessoas cobram por dar a sua ilustre presença na igreja
e diante de Deus: Uma vida sem problemas, sem preocupações, sem dificuldades,
sem dor, orações sempre respondidas [e com um sim, é claro]… esse é o preço que
Deus deve pagar a elas.
Cada cristão tem o seu preço? Não, não
os cristãos de verdade. Estes, crêem que estar na presença de Deus é o maior
valor, e que Deus não tem obrigação de dar a eles nada em troca de sua fé e
serviço. São servos e não cobradores.
Você tem cobrado de Deus um preço para
permanecer com Ele?
Fonte: Esboçando Idéias
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