Estamos nos tornando a cada dia mais
insensíveis. Poucas coisas são capazes de nos chocar e de nos mover de nossa
posição.
Não somos mais
surpreendidos por quase nada. Nenhuma notícia, por mais triste, ou por mais
trágica que seja, parece nos mover em direção a solidariedade e ao amor
genuínos.
Nos tornamos apenas expectadores de
tragédias; frios, com pouca demonstração de
que estamos nos importando com o que os outros estão sofrendo e
sentindo.
É claro que não temos recursos
materiais e nem tempo suficiente para ajudarmos a todas as pessoas em todas as
situações, mas não será isto uma desculpa? Não podemos fazer nada mesmo? Não
podemos nos mover em nenhuma direção em favor dos que sofrem? Não podemos nos
solidarizar com as pessoas alvos das notícias tristes? Nem das que estão perto
de nós? Não podemos orar? Não confiamos na ação de Deus?
Arrumamos desculpas para tirarmos o
nosso corpo fora e isto de deve ao nosso total estado de insensibilidade. Estamos
sentados e acomodados, aprendendo algo que é diabólico: que temos que receber
de Deus as [nossas] bênçãos. Ser uma bênção não parece fazer parte do
aprendizado e da prática.
Campanhas de ajuda ao próximo e de
oração pelos necessitados, tem sempre participação mínima, enquanto congressos
e reuniões para [alcançar] as bênçãos de Deus estão sempre lotadas.
Deus disse a Abrãao: “de ti farei uma
grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome.” e “Sê tu uma
bênção!” (Gn 12. 2)
Uma via de mão dupla que não parece ser
a que nos inspira no século XXI. O desejo de Deus [Sê tu uma bênção] parece ser
a exceção nos nossos dias. Ser uma bênção deveria ser a regra, mas não é!
Além de querer que Deus te abençoe,
você tem buscado com o mesmo afinco ser uma bênção?
Olhar para o próximo com sensibilidade e
amor é ser uma bênção. Deixe de lado a insensibilidade e seja uma bênção!
Insensibilidade e cristãos não combinam!
Por: André Sanchez
Fonte: Esboçando Idéias
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